Eu não
quero mais escrever, ou me desenvolver. Acho que vou terceirizar o meu ser. Vou
deixar que outro venha me viver. Não quero trabalhar ou me renovar, vou deixar
outro me levar. Assim eu gasto menos, me preocupo menos. Assim, não vou ter no
que pensar.
É assim
que se renova o ciclo. A roda da fortuna gira, troca tudo de lugar, deixa a
sorte te levar e te deixar. Vou terceirizar também a minha sorte e esperar que
um dia ela volte, que me leve à algum lugar.
Decidi
que vou parar de caminhar, vou deixar para outro o meu andar e deixar que me
levem, que me carreguem. Só pra ver onde vou chegar.
Vou
terceirizar minhas atividades pensantes e “mastigantes”, no que diz respeitos
aos assuntos mais intrigantes, aqueles que me dão trabalho pra pensar. Vou
deixar outro pensar no meu lugar, me dar as conclusões e o roteiro do que vou
falar. E se houver perguntas, vou deixar outro responder no meu lugar.
Acho
melhor me descentralizar, deixar o outro me comandar, me direcionar, me
programar e me executar.
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