Enquanto houver vida há esperança

O mundo anda muito pessimista. Tudo está ruim, o paladar, a audição, a visão e até a voz parece falhar. Falamos o tempo todo, mas pouco do que é dito é produtivo. As vezes, falamos uma coisa ou outra que vale a pena, mas são poucos os que ouvem.
O mercado está frio, não combina com o verão. Você sabia que o verão ja começou? Pois é, mas nem o sol está  com vontade de sair da cama. A depressão está generalizada.
O frio é o único que marca presença. Está congelando corações por ai. Por isso dizem que o fim do mundo está chegando. O frio vai congelar todo mundo, como faz com os dinossauros. Coitados... Talvez os dinossauros fossem criaturas legais. Mas a vida é assim, ne. Tem início, meio e fim.
Mas pra quem vai morrer congelado ainda me sinto muito vivo. Meus braços ainda mexem, apesar de terem adquirido uma tonalidade magmenta um tanto feia pro meu gosto. E minha mente está a mil por hora. Essa não para nunca, quase me deixa louco de tanto pensar. E pensa em tudo o tempo todo. Por isso, sei que estou vivo. Crio, recrio e, como um bom ser humano, destruo tudo aquilo que criei. Só pra poder começar tudo outra vez.
Faço uma coisa de cada vez e faço tudo ao mesmo tempo. Enquanto me destruo vou criando um ser novo. A desconstrução também e uma forma de construir. É transformar-se pelo ato de destruir-se nas menores partículas. Mesmo estando aos pedaços sei que ainda vivo em casa pedaço dividido.

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