Há coisas avessas, sôfregas, acontecendo comigo. Tenho conversas inteiras apenas em minha cabeça, terminando e recomeçando sem parar. Tenho sonhos malucos, constantes, insanos, que às vezes me deixam sem ar. Não faz sentido. Não entendo esse seu olhar, me encarando e me dizendo que eu é que devo parar. Parar? Ora, se ponha em seu lugar! Inconsciente travesso que vive comigo a brincar. E brinca sem parar.
Que absurdo esse inferno onde eu vim parar. Minha mente a girar. E gira sem parar. As coisas todas saindo do seu lugar. O seu lugar, é onde eu queria estar. Inconsciente e mutante, sem nunca parar.
E a alvorada me devolve a brisa do ar. O sol não ilumina aí onde você está. Mas segue seu movimento rebelde a girar. Não me devolve esse pedaço de alma que hoje você vem roubar. Vai assim me roubando de vagar e me levando para onde você está. Inconsciente e mutante com a vida a girar.
A realidade a minha frente de hora em hora vem me chamar. Uma vida sem tesão, sem paixão, vem assim de supetão o brilho da minha alma roubar. É uma disputa em par me esticando de cá pra lá. Não tenho pressa e fico a espera da disputa acabar. Torcendo pro subconsciente ganhar. Me esforçando para não acordar. Sou constante, fico assim, parada no lugar.
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