Há muitos sábios vivendo entre nós,
pessoas que realmente compreendem o significado das coisas. E há muitas pessoas
inteligentes também, apenas inteligentes. Os inteligentes gostam de se gabar
com o conhecimento que têm das coisas. Saem cuspindo por aí que sabem isso ou
aquilo, que sabem mais do que eu e você, que sabem coisas que nem sabemos para
que serve saber. O saber é algo engraçado. Às vezes sabemos de muita coisa, mas
não sabemos fazer nada com o que sabemos. Saber coisas aleatórias não é sábio.
Sábio mesmo é aquele que questiona,
obtém as respostas e filtra o que é importante do que não é. Filtra também o
que é interessante saber e o que vale a pena fazer saber. Não ai por aí
despejando conhecimento sobre os ombros frágeis do ignorante. Ser ignorante não
é um pecado, pecado é achar-se virtuoso por saber um pouco a mais.
Nem todo conhecimento é valido para
todo mundo. Nem todo mundo se interessa por saber tudo. Nem todo mundo suporta
tanto conhecimento. E há quem tenha eu próprio conhecimento, velado, vivido e
experiente naquilo que é sabido.
A cada um cabe um certo tipo de
conhecimento. A experiência é a melhor
forma de adquirir conhecimento. Mas não é todo mundo que aguenta botar a mão na
massa, pegar no batente, carregar o peso do conhecimento sendo moldado. É
preciso começar com calma, com cautela e ir aumentando a carga conforme o
individuo vai respondendo positivamente a experiência do conhecer.
E assim, um passo de cada vez, a
gente vai construindo um mundo melhor. Mas sem pressa, sem essa urgência de
querer agora e pra já. O conhecimento não surge do nada, é preciso
experimentá-lo e saboreá-lo, para que seja digerido e compreendido da forma
correta. Consumindo-o como uma vitamina para o corpo. Que nutre o intelecto e a
imaginação, possibilitando novas invenções e o surgimento de soluções.
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