Das coisas que nos acresccentam

Dois mil e dezesseis foi um ano de muitas coisas ruins, em vários aspectos e em todo o mundo. Muitas coisas nos  deixam com aquele sentimento de que talvez a vida não seja tão maravilhosa quanto gostaríamos. Mas não podemos nos deixar levar apenas pelo lado negativo das coisas. Acredito na filosofia do pensamento positivo e que isso engrandece o nosso ser. O ano acabou, mas ainda temos muita vida pela frente. E mesmo não sendo um ano tão bom quanto gostaríamos temos que levar desse período a lição aprendida.
O meu ano de dois mil e dezesseis foi de conquistas, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Ainda não estou onde gostaria, mas com certeza estou alguns passos mais perto do meu objetivo. Não sou a pessoa que gostaria de ser, mas sou melhor do que aquela que fui no passado. Ainda não tenho a casa dos meus sonhos, mas tenho um lar confortável. Não ando por aí no carro do ano, mas posso ir e vir quando quiser e precisar. Não fiquei rica neste ano, mas tenho um trabalho do qual me orgulho e que me proporciona o rendimento necessário para suprir minhas necessidades.
Este ano foi complicado politicamente, socialmente, financeiramente e economicamente. Quase tudo que poderia dar errado, deu errado - a maldita lei de Murphy. Mas tudo bem porque aprendi a escrever impeachment, juntei os amigos naquele lanchinho "dahora" lá em casa, juntei moedas - coisa que não fazia há muito tempo - e aprendi a gerenciar o dinheiro como nunca antes. Aprendi. Essa é a cosia mais importante na caminhada de qualquer ser humano. O aprendizado é algo que vai com a gente para o túmulo, ninguém nos rouba o que aprendemos.
E com tanto ódio declarado em mídia social é de encher o peito de alegria ver pessoas se mobilizando e envolvendo em causas humanitárias, em causas sociais e comovidos com a causa alheia. É de encher o coração de amor, ver pessoas se importante e se dedicando, mesmo que com um esforço mínimo e singelo, para fazer aquele carinho à outras pessoas. Espalhar amor, como alguns dizem por aí. E teve muito amor sim. Apesar de algumas pessoas - pra não dizer a maioria - querer esconder o fato de que o amor é o que buscam constantemente. Amor. Amor. Amor. Ah o amor... E eu amei! Amei mesmo, amei ideias, projetos, livros, autores, personagens e pessoas. Sim pessoas, no plural mesmo. Amei mais de um. Até dois ao mesmo tempo. Amei sim, por quê não? Amei mesmo e me entreguei em muitos beijos e me vi cheia de desejo. Olhei em vários olhos e vi o mesmo desejo, o desejo pelo amor. Amor pelo próximo e por si mesmo. Porque no final das contas não importa o quanto você tem ou quão longe você chegou, mas o quanto você amou.
Nenhuma jornada é percorrida sozinho e é impossível viver sem se arriscar, sem se machucar, sem se decepcionar. A emoção da jornada é definida por quantas vezes você fica com o coração na boca, o suor frio antes de pular e pela satisfação ao mergulhar em um oceano de possibilidades. Então minha sugestão para o ano de Dois Mil e Dezessete é: crie sua própria oportunidade e ame de verdade sem medo de errar. E lembre-se que, você vai tropeçar, vai cair, vai se machucar e pode até chorar, mas é preciso continuar a tentar. Sabe aquela música do Raul Seixas? "Tente outra vez".

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