EMPREENDEDORISMO


O termo empreendedorismo tem sido abordado de diferentes formas. Silva (2005, p. 2) diz que “empreender é ter um objetivo”. O conceito que surgiu em 1765 é explicado por Richard Contelan como a receptividade ao risco de comprar algo por determinado preço e vende-lo em um regime de incerteza.

Jean Baptiste Say (1802) amplia o conceito dizendo que empreendedorismo é uma transferência de recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para outro mais onde a produtividade é mais alta e de maior rendimento. “O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais” (SHUMPTER, 1949 apud DORNELAS, 2008).

As definições de empreendedorismo incluem três aspectos: 
1. Tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz;
2. Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social e econômico onde vive;
3. Aceita assumir riscos calculados e possibilidades de fracassar (DORNELAS, 2008, P. 23).

Na definição de Dornelas (2001) o empreendedorismo é dividido em duas categorias: o de oportunidade, onde profissionais empreendedores têm plena consciência de onde querem chegar, planejando seu crescimento em busca do lucro; e o empreendedorismo por necessidade, motivado pelo desemprego e alternativa de manter-se no mercado. Para Guimarães e Azambuja (2010) “é dinâmico, altera-se no tempo e espaço em razão de transformações socioeconômicas e tecnológicas”. 

O empreendedorismo por oportunidade tem maior impacto na economia, pois o empreendedor está mais preparado e desenvolve negócios com base em novas tecnologias e inovação, o que não ocorre no empreendedorismo por necessidade (DEGEN, 2008). 

Salim e Silva (2010) ressaltam que as características e hábitos empreendedores podem ser adquiridos, praticados e desenvolvidos, ou seja, qualquer um pode empreender desde que esteja disposto a isso. Os autores ressaltam ainda que o empreendedor assume uma postura proativa que lhe permite perceber e avaliar as oportunidades, desenvolvendo habilidades e planos para atingir seus objetivos e obter o apoio de colaboradores; estes são habituados a tomar decisões e buscam criar valor em seus empreendimentos (SALIM e SILVA, 2010).

Empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos e que mantêm alto nível de consciência do ambiente em que vive, usando-o para detectar oportunidades de negócio. Um empreendedor que continua a aprender a respeito de possíveis oportunidades de negócio e a tomar decisões moderadamente arriscadas que objetivam a inovação continuará a desempenhar um papel empreendedor. Um empreendedor “é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões” (FILION, 1999, p. 5).

Fialho (2007) diz que o ato de empreender está relacionado à utilização criativa de recursos para inovar, assumir riscos calculados e buscar novas oportunidades.

McNeil et al (2004 apud SARKAR, 2009) apresenta uma matriz om os fatores de mercado e ambiente que influenciam a natureza da resposta empreendedora, onde pode-se observar que quando o mercado é mais estável com ofertas asseguradas e produtos tecnologicamente avançados há baixo requerimento do empreendedor. Mas no outro extremo, a complexidade e incerteza de um mercado onde produtos e processos são mais complexos, com maior competitividade e grandes alterações tecnológicas demandam a ação do empreendedor.

Entendendo melhor os quatro ambientes da matriz de fatores influentes do mercado, tem-se que: o Ambiente A é mais simples e cheio de certezas, a demanda geralmente é previsível e há pouca competição; O Ambiente B também é simples, mas nele o empreendedor já tem que lidar com as incertezas, o mercado é bem organizado e a demanda é garantida, porém há elevado grau de alterações tecnológicas e isso leva ao comportamento incerto de consumidores e clientes; no Ambiente C produtos, serviços e tecnologias são complexos, mas têm desenvolvimento previsível para os empreendedores, a competição é baixa, pois há variedade de clientes e de indústrias; já o Ambiente D é complexo e incerto, há grande número de competidores ativos em diferentes indústrias, ofertas de várias fontes, com grande taxa de alterações tecnológicas.

Tabela 2 Fatores de mercado e ambiente que influenciam a natureza da resposta



Fonte: Elaborado pela autora com dados de McNeil et al (2004 apud SARKAR, 2009).


Você se considera um empreendedor?

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REFERÊNCIAS:

DEGEN, Ronald Jean. Empreendedorismo: uma filosofia para o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza. Revista de Ciências da Administração, v. 10, n. 21, p. 11-30, mai./ago. 2008.
DORNELAS, José Carlos A. Planejando incubadoras de empresas: como desenvolver um plano de negócios para incubadoras. Campus, Rio de Janeiro, 2002
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
DORRELAS, José C. A. Empreendedorismo: transformando suas ideias em negócios, 3ª ed., Elsevier, Rio de Janeiro, 2008.
FIALHO, Francisco; MONTIBELLER, Gilberto; MACEDO, Marcelo; MITIDIERI, Tibério da C. Empreendedorismo na era do conhecimento. Visual Book, Florianópolis, 2007.
FILION, Louis Jacques. Empreendedorismo e gerenciamento: processos distintos, porém complementares. RAE – Revista de Administração de Empresas, v. 7, n. 3, p. 2-7, jul./set. 2000.
SALIM, Cesar S.; SILVA, Nelson. Introdução ao empreendedorismo: construindo uma atitude empreendedora. Elsevier, Rio de Janeiro, 2010.
SARKAR, Soumodip. Empreendedorismo e Inovação. 2 ed., Escolar editora, 2009.
SILVA, Fernanda Faustino da. Levantamento do potencial de geração de empreendedorismo em cidades da microrregião do Alto do Sapucaí - AMASP. Itajubá, 2014, 45f. 

Estratégia


Fonte: moonwolf03
Porter (1996) considera que a estratégia é a escolha de um conjunto diferente de atividades com o objetivo de fornecer um conjunto único de valores. Segundo Mintzberg e Quinn (2001) a estratégia tem sido utilizada de diversas maneiras, mesmo sendo elaborada e aplicada de forma tradicional, sendo que o reconhecimento desta definição pode auxiliar o manuseio de pensamentos em diversos campos.
Mintzberg (19973) diz que o planejamento estratégico não é um processo natural pelo qual a estratégia surge, é o processo de elaboração não formalizado. As estratégias surgem devido experiências passadas e vividas. Coutinho e Ferraz (1994) ressaltam que os principais fatores determinantes da competitividade podem ser divididos em Internos, Sistêmicos e Estruturais.
  • Fatores Internos: envolvem a gestão, a tecnologia utilizada na empresa e a capacitação dos funcionários.
  • Fatores Sistêmicos: são fatores determinados pela Economia e pela Política da região em que as empresas estão atuando.
  • Fatores Estruturais: refere-se ao mercado de uma forma geral, os concorrentes consolidados e os entrantes no mercado.

Hamel e Prahalad (1995) pregam que não basta uma empresa se tornar rápida e eficiente, é necessário reinventar-se constantemente, atualizar sua estratégia, para ter um diferencial em relação à concorrência.

Reinvente-se sempre.

Até mais

REFERÊNCIAS:

MINTZBERG, H; AHLSTRAND, B; LAMBEL, J. Safari de estratégia, um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman,2000.
MINTZBERG, Henry; QUINN, James Brian. O processo da estratégia. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
PORTER, Michael E. What’s Strategy? Harvard Business Review. nov - dez, 90, p. 61-78. 1996
MINTZBERG, H. Strategy- making in three modes. California Managemente Review. v.XVI, n.2, p. 44-53.Winter / 1973.
COUTINHO, L.; FERRAZ, J. C. (Coord.). Estudo da competitividade da indústria brasileira. 2.ed. Campinas: UNICAMP/Papirus, 1994.
HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. Competindo pelo Futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seusetor e criar os mercados de amanhã.. 10 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995.

Benefícios de se aprender um segundo idioma. E um terceiro. E um quarto. E um quinto…


Fiz uma pequena pesquisa sobre os benefícios que podemos alcançar através do aprendizado de um idioma diferente. E como resultado encontrei algumas coisas interessantes:

1- O seu cérebro cresce, literalmente.

2- você evita a demência ou Alzheimer.

3- Você escuta melhor.

4- Melhora a memoria.

5- Você desenvolve atenção multifocada.

6- Você passa a enxergar o mundo de vários pontos de vida diferentes.

7- Você melhora seu idioma nativo.

Eu já estudei o Inglês, no qual tenho um nível intermediário, e estou aprendendo o Francês e o Russo, nos quais eu ainda me considero analfabeta, mas eu chego lá.

Uma dica pra você, que como eu não pode pagar por professores particulares ou escolas de idiomas, é aprender no YouTube. Existem vários vídeos e até canais dedicados ao ensino de idiomas.

Se tiver interesse em aprendero Francês ou o Russo dê uma olhada nas minhas playlist's no YouTube.

Outra dica é buscar por materiais produzidos por nativos no idioma que você pretende aprender, vídeos, filmes ou mesmo artigos para se acostumar com os sotaques, velocidade da fala e também com a forma de escrever. Pra treinar o meu inglês costumo acessar o site do TED Ideas worth spreeding que tem várias palestras e artigos de diversas áreas e temáticas.

Bora estudar idiomas então :D

Até mais


Metodologia Grumbach de Estratégia


Desenvolvido por Raul Grumbach a partir de estudos sobre desenvolvimento de Cenários Prospectivos aliados à algumas idéias de autores consagrados.

Este estudo evoluiu para uma sistemática de elaboração de Planejamento Estratégico com Visão de Futuro baseada em Cenários Prospectivos. São dois os conceitos fundamentais desta metodologia:
1. Planejamento estratégico com visão de futuro através de Cenários Prospectivos, empregando simulação Monte Carlo, e
 2. Análise de parcerias estratégicas, levando em conta princípios da Teoria dos Jogos que permitem a Gestão Estratégica com análise de fatos novos obtidos pela inteligência competitiva. 
Baseia-se em técnicas reconhecidas como: Brainstorming, Método Delphi, Impactos cruzados, Teorema de Bayes, Simulação Monte Carlo, Teoria dos Jogos, Simulação e Construção de Futuro.

O método é aplicado em quatro fases: 
1 Identificação do Sistema (a instituição), 
Nesta fase busca-se conceituar as características que identificam a organização, tais como sua visão, missão, valores e objetivos estratégicos.
2 Diagnóstico estratégico, 
Esta é uma fase de pesquisa e compreensão da organização, pois realiza-se uma analise de SWOT, onde verifica-se quais são os Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades e Ameças que irão influenciar na obtenção de resultados organizacionais. Neste momento utiliza-se também a Gestão do Conhecimento, Inteligência de Negócio e Inteligência Competitiva. Identificadas estas caracteriscas, farse-há três tipos de analises:

  • Analise do sistema como um todo, envolvendo a estrutura e os processos, e
  • Analise do ambiente que é coposto pelas variáveis externas e atores externos.

3 Visão estratégica, desdobrada em etapas: 
a. Visão do presente: interpretação dos Fatos Portadores de futuro para criação de medidas que visem fazer melhor uso do ambiente, reforçar os Pontos Fortes e corrigir os Pontos Fracos.
b. Visão de futuro, simulação e gestão do futuro: a visão do futuro é obtida pela analise prospectiva, ou seja, a busca de futuros possíveis - os Cenários Prospectivos - em um horizonte temporal.
c. Avaliação de medidas e gestão de resistências: ocorre a interação dos vários cenários possíveis em busca de um cenário alvo, onde o cenário mais provável é chamado de Ponto de Equilíbrio. Pode-se dividir em 
4 Consolidação 
A consolidação do método consiste na revisão dos conceitos abordados,  dos Cenários Prospectivos traçados e aplicação de decisões visando o cenário ideal para alcance dos resultados esperados.

Este é um resumo da metodologia de Grumbach, que é bem complexa e compreende várias ferramentas estratégicas. Se quiser saber mais confira as referencias abaixo citadas, ou vá ao SlideShare clicando aqui.

Se você ainda não conhece as ferramentas estratégicas citadas neste post, vá ao histórico do blog e informe-se.

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REFERÊNCIAS

RIBEIRO, Albino. O Método Grumbach: Uma Formulação Brasileira de Administração Estratégica. UFRRJ,  Programa de Pós-Graduação em Estratégia e Negócios (PPGEN) - Seropédica, RJ, Brasil, 2006.


GRUMBACH, Raul José dos Santos; GRUMBACH, Rodrigo Pereira; FERREIRAGil Cordeiro Dias; LEAL, José Eduardo Amaral; FRANCOFernando Leme; MAIA, Sérgio Wright. MétodoGrumbach de Gestão Estratégica. BAINSTORM - Assessoria de planejamento e informática, Rio de Janeiro - RJ, 2006

BRAINSTORM

O Brainstorm consiste em - traduzindo ao pé da letra - uma Chuva de Ideias, uma reunião onde as pessoas são encorajadas a dar palpites para solução de um problema de forma totalmente livre, para que possa-se chegar à conclusões diferenciadas e inovadoras.



Ralph Keeney, professor da Universidade Duke propõem um modelo de Brainstorm em 2013 que consiste em 

  1. Problema claro e definido;
  2. O grupo deve ter conhecimento do assunto e saber quais são os objetivos;
  3. Tenha um ambiente favorável, se possível fora do ambiente de trabalho;
  4. Orientar os participantes a inspirar-se e revisar tudo o que sabem sobre o assunto;
  5. Os participantes devem desenvolver suas próprias propostas e escrevê-las;
  6. Para a discussão ser coletiva deve-se usar todas as anotações de todos os participantes;
  7. quantidade produz qualidade - antes de começar a descartar as ideias que julgar não serem possíveis de aplicar ao problema em questão, tenha certeza de que acumulou o máximo de ideias possíveis;
  8. Não faça julgamentos, toda ideia deve ser acolhida e considerada para que o processo de criação da solução não seja inibido.

A partir daí pode-se construir um mapa mental para dispor as ideias em um diagrama e discutir a utilização mais efetiva das ideias.



Mapa mental
Fonte: examtime.com



REFERÊNCIAS

REY, Beatriz. Como fazer um brainstorming eficiente. VOCÊ S/A, Ed. 181, 2013