A crítica existe. Ela está aí do seu lado. Ela está lhe vigiando noite e dia, dia e noite, tomando nota de tudo que você faz e como faz. A crítica em si não é sua inimiga. Ela é uma expectadora da sua vida. Todos ganhamos uma crítica quando nascemos e levamos ela para toda vida. Qual a função da crítica? Nos criticar, óbvio. Mas não simplesmente fazer comentários negativos, mas apontar tudo aquilo que fazemos, o que está dando certo e, principalmente, o que está dando errado. E quando a crítica percebe o que está errado antes que nós mesmos consigamos notar vem cheia de dedos apontados para nosso ego e gritando em alto e bom som: isso está errado. O sentimento que nos acomete nessas horas é um misto de raiva e medo. Raiva por ter alguém nos apontando nossos erros sem nenhuma discrição. E medo porque... Bom, porque temos vergonha das nossas falhas. Temos vergonha das nossas imperfeições, daquilo que nos coloca fora dos padrões. E toda essa vergonha faz crescer em nós o medo de inovar.
Inovar é preciso. É essencial. É crucial para nos manter em movimento e deslocar os nossos corpos em direção ao que nos faz melhores. Mas e o tal do medo? E se a crítica souber que temos tanto medo? A crítica jamais nos perdoará se falharmos ao tentarmos perseguir aquele sonho antigo do sucesso. A crítica anda sempre um passo atrás do sucesso. Ela segue seu encalço para poder apontar todas as ações que levaram até o sucesso. A verdade é que nunca nos livraremos da crítica. Ela estará lá quando falharmos, inevitavelmente, sempre a nos observar.
Já que a crítica é algo tão certo e previsível, então por que não passamos por cima dela, superando o fato de que ela sempre estará lá, e simplesmente fazemos o que nos faz bem? Vamos correr atrás daquele sonho, vamos nos permitir falhar quantas vezes forem necessárias para alcançá-lo. Sem nos esquecermos de que a crítica vai vir conosco e vai estar lá sempre que falharmos. Mas também, estará lá quando vencermos para dizer: você está aqui hoje porque me escutou, porque não me ignorou e porque me permitiu fazer pequenas interrupções nas suas ações. Assim, corrigindo as nossas falhas e apontando as coisas que fazemos de melhor, a crítica vai nos ensinando o que funciona e o que não funciona. E ela mesma vai nos mostrando de onde partem as informações que devemos escutar e quais devemos ignorar.
O segredo, que na verdade não é bem um segredo, é prestar atenção à crítica quando ela lhe trouxer observações daquilo que você faz de melhor. Mesmo falhando - e, acredite em mim, você vai falhar - o que a crítica faz ao nosso ego vai depender exclusivamente da importância que damos à ela. Pensa, se a crítica for mesmo válida, absorva. Mas nunca absorva o que não lhe pertence, o que não lhe acrescente, o que não faz você querer ser melhor.
Seja amigo da sua crítica. Porque, vai por mim, ela não vai largar você...
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