Congresso Internacional do Medo - Carlos Drumond de Andrade



Carlos Drumond de Andrade está entre os poetas brasileiros mais importântes para a literatura brasileira. Nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

A revista Bula lista os 10 melhores poemas dese autor maravihoso e que sabe abordar temas diversos com muita siplicidade.

A Academia Brasileira de Letras lançou um ebook com poesias e um pouco da história do autor que vale a pena dar uma conferida, e guardar na ua prateleira. O Centenário do Nascimento de CArlos Drumond de Andrade.


Dentre suas obras estão:

Poesias


  • Alguma Poesia -1930 
  • Brejo das Almas -1934 
  • Sentimento do Mundo -1940 
  • José -1942 
  • A Rosa do Povo -1945 
  • Claro Enigma -1951 
  • Fazendeiro do ar -1954 
  • Viola de Bolso -1955 
  • Lição de Coisas -1964 
  • Boitempo -1968 
  • A falta que ama -1968 
  • Nudez -1968 
  • As Impurezas do Branco -1973 
  • Menino Antigo -Boitempo II -1973 
  • A Visita -1977 
  • Discurso de Primavera -1977 
  • Algumas Sombras -1977 
  • O marginal clorindo gato -1978 
  • Esquecer para Lembrar -Boitempo III -1979 
  • A Paixão Medida -1980 
  • Caso do Vestido -1983 
  • Corpo -1984 
  • Amar se aprende amando -1985 
  • Poesia Errante -1988 
  • O Amor Natural -1992 
  • Farewell -1996 

Antologia Poética

  • 50 poemas escolhidos pelo autor -1956 
  • Antologia Poética -1962 
  • Antologia Poética -1965 
  • Seleta em Prosa e Verso -1971 
  • Amor, Amores -1975 
  • Carmina drummondiana -1982 
  • Boitempo I e Boitempo II -1987 
  • A ultima pedra no meu caminho - 1950 

Prosa

  • Confissões de Minas -1944 
  • Contos de Aprendiz -1951 
  • Passeios na Ilha -1952 
  • Fala, amendoeira -1957 
  • A bolsa & a vida -1962 
  • Cadeira de balanço -1966 
  • Caminhos de João Brandão -1970 
  • O poder ultrajovem e mais 79 textos em prossa e verso -1972 
  • De notícias & não-notícias faz-se a crônica -1974 
  • Os dias lindos -1977 
  • 70 historinhas -1978 
  • Contos plausíveis -1981 
  • Boca de luar -1984 
  • O observador no escritório -1985 
  • Tempo de vida poesia -1986 
  • Moça deitada na grama -1987 
  • O avesso das coisas -1988 
  • Auto-retrato e outras crônicas -1989 

Obras Infantis

  • O Elefante -1983 
  • História de dois amores -1985 
  • O Pintinho -1988 




FONTE:

Porque é dificil mudar.

No post anterior falei sobre como fazer para determinar e alcaçar novas metas. Mas muitas vezes as pessoas encontram muita dificuldade para mudar. Sonia McDonald lista algumas razões que levam a mudança ser algo tão difícil do ponto de vista da neurociência.



Entre elas estão:

Nosso cérebro é programado para a sobrevivência: sempre que estamos em uma situação de potencial mudança o cérebro começa uma reação de sobrevivência que geralmente enxerga essa mudança como uma ameaça.

O cérebro é preguiçoso: pesando 1,5 Kg e consumidno cerca de 20% da energia do corpo o cérebro tem uma estrutura e funcionamento que demanda mais energia para gerar mudanças.

O cérebro é afetado pela emoção: normalmente as pessoas têm medo da mudança e isto é uma pré-condição humana. Quando estamos com medo, costumamos perceber somente o lado negativo da mudança e as pessoas não persistem.

Faça o seu cérebro trabalhar pra você. Sonia McDonald afirma que para isso é necesário primeiro criar novos comportamentos e novas formas de pensar. Em seguida, faça da mudança algo positivo, vendo o lado bom.



FONTE:
Why change is HARD, Sonia McDonald

"Amada esposa e amiga" - As Ruínas de Jorg

Jorge estava sentado próximo à janela do apartamento que dava vista para o playground quando Oswaldo chegou do trabalho. Juliana havia lhe telefonado dizendo que ficaria no trabalho até mais tarde para dar conta de uma encomenda para uma festa de casamento. Jorge olhava para seus pertences dentro de uma caixa de papelão, Oswaldo chegou perto dele e deu um tapinha de leve em seu ombro, Jorge pareceu se assustar com a presença do amigo. Então Oswaldo pegou uma cadeira e colocou ao seu lado.
_ O que tem de interessante nesta caixa?
_ A minha casa... _ Jorge estava com os olhos vermelhos mas secos. Depois de dar um suspiro profundo que fez o ar ecoar dentro do peito pegou o livro de capa preta e letras douradas e entregou à Oswaldo. Depois Jorge pegou a fotografia que estava ficando cada vez pior de tanto que ele mexia. Oswaldo pegou a fotografia e deu uma examinada na foto.
_ Eu lembro desse dia. Foi o aniversário da Juliana, não foi? Vocês estavam cheios de segredinhos. Você nunca me contou o que foi que deu de presente pra ela. O que foi?
_ Esses brincos. _ Jorge pegou umas pedras parecidas com cristais que estavam penduradas em um pedaço de arame. Um dia aquilo foi um brinco, talvez. Estavam quebrados, mas ainda tinham um brilho reluzente que os deixavam lindos.
_ Ual! Você deve ter gasto uma fortuna com eles.
_ Na verdade não. Foi o que eu recebi como pagamento de um serviço que fiz na Irlanda.
_ São de verdade?
_ Eu não sei...
Jorge se perdeu em pensamento pela janela afora. Olhava um cachorro de pequeno porte que brincava no playground. O cachorrinho subia pela escada do escorregador colorido e se jogava do outro lado e dava um pulinho quando chegava lá embaixo. Com um rabinho de espanador agitadíssimo fazia a volta no brinquedo e subia de novo. E de novo. Parecia não se cansar, aproveitando que estava sem supervisão, livre para se divertir. Então os olhos de Jorge se cobriram por uma névoa embaçada, sua respiração ficou ofegante e suas mãos tremiam. Oswaldo correu até a cozinha e pegou um copo de água. Depois foi até o banheiro e abriu o armário de remédios de onde tirou uma cartela de comprimidos e destacou um. Voltando para a janela onde estava Jorge encontrou o amigo curvado em suas pernas se desmanchando em lágrimas. Entregou-lhe o comprimido e teve que insistir um pouco para que ele tomasse.
Ficou ali durante um tempo esperando ele se acalmar. Quando Jorge finalmente parou de chorar Oswaldo teve um insight, levantou-se e colocou um samba para tocar na televisão. Ao retornar para a janela encontroou Jorge a procura do cachorro que já não estava mais lá.
_ Eu quero ir no veterinário ver meu cachorro. _ ele falou de supetão, deixando Oswaldo sem reação _ Ele deve estar sentindo minha falta.
_ Mas Jorge... Eu não sei se é uma boa ideia. Olha pra mim, você está mito triste e já está de noite. Descansa um pouco depois a gente conversa. Vou pegar algo pra você comer, ok?
_ Não! Eu ir no veterinário ver o meu cachorro! E não me trate como uma criança.
Oswaldo não teve escolha. Pegou as chaves de seu carro e os dois saíram. Oswaldo estava inquieto atrás do volante. Dirigiu em silencio até uma estrada menos povoada. Havia uma quadra de esportes de um lado e um grande muro do outro. O muro se estendia por toda a estrada. Oswaldo dirigiu até chegar à uma portaria, onde havia apenas um guarda. O guarda apenas acenou com a cabeça dando permissão para que ele entrasse com o carro. 
Ele estacionou perto de uma casinha com várias portas de vidro meio escuro. Eles desceram e Jorge parecia perturbado. Caminharam por um jardim de grama verde com algumas arvores contornando as ruas de paralelepípedo. Ao chegarem ao fim de uma das ruas desceram por um caminho de pedras até um pequeno buquê de rosas cor-de-chá. Havia uma lápide de mármore onde estava escrito “Eliza Oliveira – amada esposa e amiga”.
Jorge olhou a inscrição na lápide e ficou atordoado, em pânico. Ajoelhou-se sobre as flores e começou a chorar. Chorou um choro sem fim. Destruiu os pulmões a ponto de não conseguir respirar e caiu por cima da lápide inerte e com os olhos encharcados.




Cap. 10 - As Ruínas de Jorge

Inconstancia das coisas do mundo! Gregório de Mattos

Uma vez ganhei um livro já meio surrado sobre o período barroco da literatura brasileira. além de destacar aspéctos da arquitetura e estilo textual, ele era repleto de poesias de Gregório de Mattos. 


Gregório de Matos Guerra nasceu na então capital do Brasil, Salvador, BA, em 20 de dezembro de 1636, numa época de grande efervescência social, e faleceu no Recife, PE, pelas mais recentes pesquisas, em 1695, embora a data tradicionalmente aceita fosse a de 1696. É o patrono da cadeira n. 16, por escolha do fundador Araripe Júnior.

Entre suas obras:
Obras Poéticas.  1882.
Obras de Gregório de Matos. 1923-1933 (Sacra, I, 1929; Lírica, II, 1923; Graciosa, III, 1930; Satírica, IV e V, 1930; Última, VI, 1933).
 Obras completas de Gregório de Matos, crônica do viver baiano seiscentista. 1968.


Uma citação que achei relacionada à Gregório de Mattos foi a seguinte, que poderia ser muito bem usada no mundo corporativo atual:
O honesto é pobre,
o ocioso triunfa,
o incompetente manda.
Inconstancia das coisas do mundo!

Nasce o Sol e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tritezas e alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz falta a firmesa,
Na formosura não se dê constancia,
E na alegria sinta-se a triteza,
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza.
A firmeza somente na incostância.

 FONTE:

COMO DEFINIR NOVAS METAS

O ano de 2015 começou e você fez promessas de melhorar de vida, conseguir um emprego novo ou começar aquele curso que faz tempo anda dizendo que vai fazer. Mas talvez você não tenha certeza do que quer da vida, ou o que a vida quer de você. Não é mesmo?

Mas como definir metas de uma forma que traga um bom proveito para sua vida pessoal e profissional? A resposta não é fácil. Mas existem forma de definir metas realistas e que estejam de acordo com o que você quer da vida.

Daniel Goleman defende que para que haja mudança pessoal é preciso fazer uma autorreflecção. Mas o psico terapeuta Marcelo Carvalho explica que para que uma pessoa mude não pode haver pressão, pois esta "pode gerar culpa, arrependimento e sofrimento, o que não é efetivo" no processo de mudança.

Sendo assim pense antes de pular de cabeça em:

UM NOVO EMPREGO. Talvez seja melhor pleitear uma posição melhor na empresa em que você trabalha.
ANTES DE FAZER UMA NOVA GRADUAÇÃO. Dê uma sondada fazendo cursos online. Alguns são gratuitos e de curta duração, mas dá pra ter uma ideia do conteúdo e tem haver com sua personalidade.
FAÇA UM BALANÇO DO SEU MUNDO INTERIOR PARA GUIAR SUAS DECISÕES.
ENCONTRE CLAREZA FAZENDO AS PERGUNTAS CERTAS. Quando se é sincero nas respostas pode-se encontrar o caminho para perseguir novas possibilidades que estejam alinhadas com seus valores e metas.
FAÇA UMA REVISÃO DO SEU PROPOSITO PRINCIPAL DE VIDA E DE SUAS METAS PRIMÁRIAS.

Pergunte-se:

  • Onde eu estou agora?
  • Onde eu estava há cinco anos?
  • Onde eu quero estar no futuro?
LadoDoMeioImagens


Marcelo Carvalho ainda ressalta as razoes pelas quais as pessoas não mudam, entre elas estão; a pessoa acha que ão quer mudar; ela realmente não quer mudar; ela não sabe como mudar ou ela não sabe o que mudar.

Os principais conceitos envolvidos nesse processo são: AUTOCONHECIMENTO, LIDERANÇA, INDEPENDÊNCIA, AUTO APRECIAÇÃO, RESPONSABILIDADE, INICIATIVA, CRIATIVIDADE, SER PRESTATIVO, ASSUMIR RISCOS, SOCIALIZAR.

Para que a reflecção seja útil, selecione algumas das características listadas que gostaria de mudar. Começando com aquelas que precisa melhorar, depois os obtáculos que precisa superar e então bole uma estratégia para atingir seus objetivos.

Para definir seus novos objetivos faça um brainstorm, valorizando seu pontos positivos sem deixar de levar em consideração seu pontos negativos - aqueles que você precisa melhorar. Pensar positivo é importante nesse processo para alcançar seus objetivos, primeiro porque torna o processo mais tranquilo e também porque o pensamento positivo pode te dar uma energia extra para persistir com suas metas. 

Já publiquei um artigo aqui no blog que fala sobre o brainstorm, corre lá pra ver como fazer o seu brainstorm.


FONTES:


Sufocando - As Ruínas de Jorge

Depois daquele dia Oswaldo não levou mais Jorge ao futebol. Jorge não gostava de discussões que giravam em torne que circunferências em movimento. Os homem do futebol faziam algazarra por coisas bobas. Jorge fazia barulho pelo que acreditava ser um bem maior. O seu bem maior.
Quando amanheceu Oswaldo ouviu Jorge se debater no quarto de hóspedes, falando enquanto dormia. “Deve estar tendo um pesadelo” ele disse à sua esposa. Ao chegar perto do quarto ouviu o amigo falar em sonho e parou para escutar. “Eliza! Acorda Eliza!” Oswaldo sacudiu a cabeça e hesitou um pouco antes de abrir a porta. Quando entrou viu Jorge retorcendo-se na cama ensopado de suor, as cobertas caídas no chão de um lado e o travesseiro do outro. Ele tocou no ombro do amigo e chamou algumas vezes até ele dar um pulo e cair de joelhos no chão.
Ele soluçou e seus olhos estavam molhados. “Acorda... Acorda” ele balbuciou enquanto encarava Oswaldo.
_ Foi só um pesadelo Jorge. Levanta.
_ Ela não acorda... _ Fazia dias que Jorge não saía de casa. Ou como ele gostava de frisar, da casa de Oswaldo.
_ Levanta Jorge _ Oswaldo ajudou seu amigo a se levantar e levou-o até o banheiro para que ele tomasse uma ducha. Jorge entrou no chuveiro ainda de roupa. Ele estava de shorts e camiseta. Ficou ali debaixo da água durante alguns minutos. Oswaldo voltou e encontrou o amigo na mesma posição, desligou o chuveiro e chamou-o para tomar café da manhã. Os olhos de Oswaldo estavam vermelhos e tinha ainda uma aparência cansada.
Finalmente Oswaldo conseguiu fazer Jorge voltar ao mundo dos vivos e questionou o que o assustou tanto no sonho.
_ Tinha essa mulher deitada do meu lado, ela estava tendo um pesadelo. E me dizia o tempo todo que estava pegando fogo. Alguma coisa estava pegando fogo. Ela não conseguia respirar. Tava sufocando. Eu tentei acordar ela mas ela não me ouvia. Só tossia e sufocava do meu lado.






Cap. 9 - As Ruínas de Jorge

Canção do Exílio - Gonçalves Dias

Por muito tempo fui apaixonada por essa poesia e até cheguei a pensar que deveria ser nosso hino nacional. É a carta de amor de um patriota à sua nação. E esta está listada na Revista Bula como uma das 10 maiores poesias brasileiras de todos os tempos.



Gonçalves Dias (Antônio G. D.), poeta, professor, crítico de história, etnólogo, nasceu em Caxias, MA, em 10 de agosto de 1823, e faleceu em naufrágio, no baixio dos Atins, MA, em 3 de novembro de 1864. É o patrono da Cadeira n. 15, por escolha do fundador Olavo Bilac.

Entre suas obras:

  • Primeiros contos, poesia (1846); 
  • Leonor de Mendonça, teatro (1847); 
  • Segundos cantos e Sextilhas de Frei 
  • Antão, poesia (1848); Últimos cantos (1851); 
  • Cantos, poesia (1857); Os Timbiras, poesia (1857); 
  • Dicionário da língua tupi (1858); 
  • Obras póstumas, poesia e teatro (1868-69); 
  • Obras poéticas, org. de Manuel Bandeira (1944); 
  • Poesias completas e prosa escolhida, org. de Antonio Houaiss (1959); 
  • Teatro completo (1979).


Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

FONTE:

Como tornar seu blog mais rentável

Já sabemos que para gerar receita com seu blog é preciso que haja muitas visitas. E para tornar seu blog mais popular e, consequentemente, mais rentável Amanda Disilvestro dá algumas dicas. Para Disilvestro o grande segredo é aumentar a frequência com que as pessoas visitam seu blog e fazê-las navegar pelo seu conteúdo para, assim, criar uma marca forte em que empresas queiram investir.


LadoDoMeioImagens

1ª DICA: Deixe seu conteúdo mais visível e mais lucrativo. Pode ser colocando aquela listinha de posts mais vistos. Deixe botões e links fáceis de localizar o conteúdo que já vêm fazendo sucesso entre seus leitores. E encontre suas páginas mais lucrativas.

2ª DICA: Teste diferentes tipos de layout e estruturas de páginas. Eu prefiro as mais funcionais, aquelas que deixam o leitor livre pra fazer tudo em um clique, sem ter que pensar muito. Teste muito e sem medo, até encontrar um que satisfaça-o em design e utilidade. Porque não adianta ser bonito se não for funcional

3ª DICA: Use links internos. Aqueles links que redirecionam para outras páginas dentro do seu blog ajudam muito o leitor a navegar pelas postagens e ir mais fundo no seu conteúdo.

4ª DICA: Dê algo extra para os assinantes do seu blog. Para que os assinantes se sintam privilegiados, dê à eles um conteúdo especial, como uma série ou mesmo brindes. Algo que seja realmente exclusivo.

5ª DICA: Ocasionalmente, publique conteúdo que se relacione com o produto ou serviço que você vende.

Uma última dica minha, é criar um conteúdo próprio, que seja inovador e inédito. Dessa forma terá mas credibilidade, oque torna seu blog mais rentável a longo prazo.

Leia o artigo completo de Amanda Disilvestro (em inglês) aqui.

Partida de Futebol - As Ruínas de Jorge

Jorge acordou no dia de domingo e foi até o playground onde esperava ver algumas crianças, mas não havia ninguém além de um faxineiro que varria as folhas pelo caminho. Ele se sentou no lugar em que já estava acostumado e recomeçou seu trabalho arquitetônico, tentando se lembrar dos mínimos detalhes de sua casa. Ao finalizar o desenho viu que tinha uma área entre a cozinha e a sala de estar que ficava sem uso. Era a primeira vez que prestava tanta atenção aos detalhes, embora não existisse mais casa, era como ele se lembrava. Sentiu o peito aperar em um soluço enquanto admirava a sacada do apartamento de Oswaldo. Pensava consigo “quem seria louco de morar em um quartinho desses? Não entra ar e a luz é pouca. Mal dá pra se movimentar dentro do apartamento”. Então Oswaldo deu-lhe um tapinha nas costas, Jorge engoliu o soluço e levantou-se.
_ Vamos ao campo jogar uma partida de futebol?
_ Eu não jogo, não.
_ Vamos! Você fica lá assistindo o jogo e tomando uma cervejinha.
_ Ah... Eu prefiro ficar aqui mesmo.
_ Vai ficar aqui fazendo o que?
_ Ah eu não sei...
_ Vamos logo. Eu te empresto uma bermuda.
Eles foram. Chegando lá Oswaldo encontrou-se com seus amigos do trabalho e começaram uma partida, enquanto Jorge assistia na lateral do campo. Um dos homens que assistia também deu-lhe um copo de cerveja. Jorge ficou olhando o liquido no copo por um tempo, admirando a pequenas bolhas e a linha fina de espuma que se formou no topo do copo.
_ É de beber isso moço. _ O homem deu risada enquanto incentivava Jorge a beber. E ele bebeu. Bebeu uma e outra, depois outra. E assim foi até que o jogo acabou e Oswaldo voltou do vestiário já de banho tomado.
Ao ver Jorge rindo e conversando com o outros homens Oswaldo sentiu um alívio. “Finalmente! Ele está melhorando” ele pensou já feliz. Mas ao sentar-se com Jorge e os outros homens percebeu que ele falava de sua casa.

_ Daí eu percebi que eu fiz uma escada do tamanho de um quarto e perdi um espaço gigante. Eu podia fazer uma casa naquele espaço. Uma bem maior de onde eu estou morando agora. _ Sua fala já estava embolada e difícil de entender. Os outros homens olharam para Oswaldo num sinal para que ele fizesse algo.

As Ruinas de Jorge Cap. 8

A Valsa de Casimiro de Abreu

Na poesia de segunda  desta semana vamos falar de Caimiro de Abreu, um dos meus poetas preferidos.

Casimiro é um poeta da segunda geração romântica e como todo poeta romântico sempre falava de sentimentos de forma exagerada e apaixonada mas com simplicidade em seus textos. Nascido em Barra de São João, atual Casimirana (Rio de Janeiro) em 1837. Em 1853, foi morar, junto com o pai, em Portugal, país onde escreveu grande parte de sua obra. Morreu de tuberculose aos 23 anos em 1860, numa fazenda nos arredores da cidade onde nasceu. Suas poesias fazem sucesso até hoje, principalmente, no Brasil e Portugal.

Entre suas obras estão:
  • Camões e o Jau, teatro (1856); 
  • Carolina, romance (1856); 
  • Camila, romance inacabado (1856); 
  • A virgem loura. Páginas do coração, prosa poética (1857); 
  • As primaveras (1859). 


A minha poesia preferida desse poeta é A Valsa do livro As Primaveras, o qual eu li pelo meno duas vezes.

Você ainda pode ouvir essa poesia deliciosa na voz de Paulo Autran.

A VALSA

Tu, ontem,
Na dança
Que cansa,
Voavas
Co'as faces
Em rosas
Formosas
De vivo,
Lascivo
Carmim;
Na valsa
Tão falsa,
Corrias,
Fugias,
Ardente,
Contente,
Tranqüila,
Serena,
Sem pena
De mim!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
— Eu vi!...

Valsavas:
— Teus belos
Cabelos,
Já soltos,
Revoltos, 
Saltavam,
Voavam,
Brincavam
No colo
Que é meu;
E os olhos
Escuros
Tão puros,
Os olhos
Perjuros
Volvias,
Tremias,
Sorrias,
P'ra outro
Não eu!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
— Eu vi!...

Meu Deus!
Eras bela
Donzela,
Valsando,
Sorrindo,
Fugindo,
Qual silfo
Risonho
Que em sonho
Nos vem!
Mas esse
Sorriso
Tão liso
Que tinhas
Nos lábios
De rosa,
Formosa,
Tu davas,
Mandavas
A quem ?!

Quem dera
Que sintas
As dores
De arnores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas,..
— Eu vi!...

Calado,
Sózinho,
Mesquinho,
Em zelos
Ardendo,
Eu vi-te
Correndo
Tão falsa
Na valsa
Veloz!
Eu triste
Vi tudo!

Mas mudo
Não tive
Nas galas
Das salas,
Nem falas,
Nem cantos,
Nem prantos,
Nem voz!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!

Quem dera
Que sintas!...
— Não negues
Não mintas...
— Eu vi!

Na valsa
Cansaste;
Ficaste
Prostrada,
Turbada!
Pensavas,
Cismavas,
E estavas
Tão pálida
Então;
Qual pálida
Rosa
Mimosa
No vale
Do vento
Cruento
Batida,
Caída
Sem vida.
No chão!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
Eu vi!



FONTE: