PROJETO OLD MAIL - MISCELÂNEA

Quem acompanha o blog há algum tempo sabe sobre esse projeto de toca de  cartas entre blogueiras fofíssimas. O projeto foi idealizado pela Paty Dibona com a intenção de espalhar mais amor e carinho pela web. Essa brincadeira começou lá em 2015 e eu entrei já na segunda rodada, foram muitas cartas e várias rodadas temáticas durante esse um ano e meio de experiências compartilhadas. E eu adorei fazer parte do projeto.
Mas como tudo na vida segue um ciclo de começo, meio e fim, esse projeto chegou ao final de seu ciclo. Mas deixa muitas lembranças boas e muitas pessoas conectadas umas com as outras. Fizemos novas amizades com pessoas que moram em toda parte do Brasil e esse Brasil é bem grande como sabemos. Quero agradecer a todas as meninas do projeto pelos mimos trocados e pelas cartinhas cheias de carinho que recebi. Espero ter feito a alegria de algumas com as minhas caixinhas e que possamos seguir compartilhando amor pelas redes sociais e entre pessoas que nos querem bem (de perto ou de longe).
Para a última rodada e para celebrar esse um ano e meio de trocas fofas a Paty resolver fazer uma super caixa com todas as temáticas dando a esta o nome de miscelânea o que inclui as temáticas Cute, Guloseima, Caneca, DIY, Geek, Floral e Envelope. Eu participei de quatro dessas rodadas e pra ver a postagem e saber o que veio nas minhas caixinhas é só clicar nas palavras ali. Agora pra saber o que veio na minha caixinha dessa última rodada é só continuar aqui.



A ideia da caixinha de miscelânea era juntar todos os temas em um só. Quem me enviou a caixinha foi a Joyce Recco do blog Cooh Cooh Blog e eu enviei para a Suelane do blog Pensamentos e Opiniões, mas por causa da distância a caixinha dela não chegou ainda. Aproveitem para dar uma espiadinha no blog delas que é muito fofo. Vamos aos mimos?



































Obrigada Joyce, pelos mimos e um Feliz 2017 para todos!! Tenho certeza de que o ano que segue será cheio de conquistas e realizações para todos nós. Precisamos manter o pensamento positivo apesar de todas as adversidades da vida. Imagina só se tudo fosse fácil e não precisássemos lutar por nada ,que chato que seria a viver. Os obstáculos existem para nos deixar mais fortes e para que possamos dar á vitória o seu devido valor. Continuem a lutar, persistam e vão de encontro aos seus sonhos.

Até o ano que vem!



Das coisas que nos acresccentam

Dois mil e dezesseis foi um ano de muitas coisas ruins, em vários aspectos e em todo o mundo. Muitas coisas nos  deixam com aquele sentimento de que talvez a vida não seja tão maravilhosa quanto gostaríamos. Mas não podemos nos deixar levar apenas pelo lado negativo das coisas. Acredito na filosofia do pensamento positivo e que isso engrandece o nosso ser. O ano acabou, mas ainda temos muita vida pela frente. E mesmo não sendo um ano tão bom quanto gostaríamos temos que levar desse período a lição aprendida.
O meu ano de dois mil e dezesseis foi de conquistas, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Ainda não estou onde gostaria, mas com certeza estou alguns passos mais perto do meu objetivo. Não sou a pessoa que gostaria de ser, mas sou melhor do que aquela que fui no passado. Ainda não tenho a casa dos meus sonhos, mas tenho um lar confortável. Não ando por aí no carro do ano, mas posso ir e vir quando quiser e precisar. Não fiquei rica neste ano, mas tenho um trabalho do qual me orgulho e que me proporciona o rendimento necessário para suprir minhas necessidades.
Este ano foi complicado politicamente, socialmente, financeiramente e economicamente. Quase tudo que poderia dar errado, deu errado - a maldita lei de Murphy. Mas tudo bem porque aprendi a escrever impeachment, juntei os amigos naquele lanchinho "dahora" lá em casa, juntei moedas - coisa que não fazia há muito tempo - e aprendi a gerenciar o dinheiro como nunca antes. Aprendi. Essa é a cosia mais importante na caminhada de qualquer ser humano. O aprendizado é algo que vai com a gente para o túmulo, ninguém nos rouba o que aprendemos.
E com tanto ódio declarado em mídia social é de encher o peito de alegria ver pessoas se mobilizando e envolvendo em causas humanitárias, em causas sociais e comovidos com a causa alheia. É de encher o coração de amor, ver pessoas se importante e se dedicando, mesmo que com um esforço mínimo e singelo, para fazer aquele carinho à outras pessoas. Espalhar amor, como alguns dizem por aí. E teve muito amor sim. Apesar de algumas pessoas - pra não dizer a maioria - querer esconder o fato de que o amor é o que buscam constantemente. Amor. Amor. Amor. Ah o amor... E eu amei! Amei mesmo, amei ideias, projetos, livros, autores, personagens e pessoas. Sim pessoas, no plural mesmo. Amei mais de um. Até dois ao mesmo tempo. Amei sim, por quê não? Amei mesmo e me entreguei em muitos beijos e me vi cheia de desejo. Olhei em vários olhos e vi o mesmo desejo, o desejo pelo amor. Amor pelo próximo e por si mesmo. Porque no final das contas não importa o quanto você tem ou quão longe você chegou, mas o quanto você amou.
Nenhuma jornada é percorrida sozinho e é impossível viver sem se arriscar, sem se machucar, sem se decepcionar. A emoção da jornada é definida por quantas vezes você fica com o coração na boca, o suor frio antes de pular e pela satisfação ao mergulhar em um oceano de possibilidades. Então minha sugestão para o ano de Dois Mil e Dezessete é: crie sua própria oportunidade e ame de verdade sem medo de errar. E lembre-se que, você vai tropeçar, vai cair, vai se machucar e pode até chorar, mas é preciso continuar a tentar. Sabe aquela música do Raul Seixas? "Tente outra vez".

CARTA PARA MINHA MELHOR AMIGA


Querida BFF



Estamos já ha alguns muitos dias sem nos ver, mas gostaria de dizer que nossa amizade será eterna como sempre dissemos para nós mesmas. Nos últimos dias dessa abstinência de uma presença amigável senti o quão importante és para mim. Não pelos seus conselhos que, sejamos honestas, não eram lá grande coisa. Tampouco pelas conversas vazias e bobas. Pelas horas gastas falando sobre os garotos da nossa turma, sobre as meninas malvadas que nos faziam de gato e sapato, usando nossa fraqueza para validar os defeitos de caráter delas. Não sinto falta das longas caminhadas que fazíamos da escola até o bairro onde morávamos, às vezes esticando o traJedo e dando voltas sem sentindo apenas para permanecermos mais tempos juntas conversando. Minha nostalgia não se deve aos lanches compartilhados, nem às várias viagens planejadas, aos preparativos para nossos casamentos e as promessas de que seríamos madrinhas do primogênito uma da outra.

A verdade é que sua ausência me fez perceber o quanto dos meus planos eram seus também. O quanto participávamos da vida uma da outra. O quanto nossos planos estavam entrelaçados e seguiam uma linha paralela que sempre se cruzava por causa da coordenação desleixada com a qual desenhávamos essa linha imaginária de vida. Agora que somos mais velhas, que temos a destreza da maturidade nossas linhas seguem paralelas. Consigo ver seus planos – os que você desenhou sozinha – sendo realizados e me alegro com sua felicidade de longe. A velhice nos faz acreditar que mesmo as meninas malvadas podem ter seu final feliz sem que seja problema nosso. Mas ver sua melhor amiga sendo feliz sem você é algo que às vezes corta o coração. Esta festa também é minha. Por isso entro sem convite mesmo e lhe obrigo a aceitar o meu presente. E junto com ele lhe trago também a minha gratidão. Pelos anos divididos, pelos planos diluídos, pela vida que vivemos.

Os que nos veem celebrando modestamente em uma cafeteria qualquer, com aquele pedacinho de bolo de cenoura com chocolate não sabem que este é um pedacinho de infância, que está mesa é uma intercessão entre nossas linhas e que nossos sorrisos são os mais inceros, embora agora sigam mais discretos. Não nos casamos no mesmo dia, também não nos apaixonamos no mesmo dia, não encontramos príncipe encantado, não ficamos e nem viajamos para Paris de uma hora para a outra. Aqueles planos infantis que nos faziam suspirar e pensar que a vida poderia ser um conto de fadas como nos filmes. Acabamos descobrindo que a vida está longe de ser como nos filmes, mas que os contos de fadas existem sim. O príncipe não é encantado, mas graças ao bom Deus não precisamos sair por aí beijando sapos. Embora uma ou duas vezes quase o fizemos – ufa! Ainda bem que você estava lá para me alertar.

Não somos mais princesinhas do papai, não sofremos mais com as meninas malvadas que usavam salto alto para ir à escola, não precisamos nos envergonhar por não saber de algo. Muito pelo contrário, descobrimos que na maioria das vezes a ignorância é uma bênção. Somos agora rainhas do lar, temos nosso pequeno reino e nele vigoram nossas regras, nossas leis. Convivemos agora com as meninas malvadas numa boa e a chamamos de falsianes. Nossa rotina está cada dia mais agitada e o tempo para nós está cada vez menor e mais rápido. Deixamos de ansiar pelo fim de semana para reclamar do quão rápido a semana acaba e os afazeres continuam por fazer.

Mas mesmo com um reino inteiro para governar e com tão pouco tempo para gerenciar, espero que não se esqueça de fazer as pequenas intercessões entre nossas linhas imaginárias de vida. Que de vez em quando busquemos estender um pouco a caminhada para dividir os planos que agora são individuais, mas que pertencem a nós duas. E que nunca nos esqueçamos de compartilhar nossas alegrias, porque no fim das contas, você será para sempre minha amiga.



Lots of Love

Sua BFF

Este post pertence a blogagem coletiva do Projeto Old Mail, para saber mais clique aqui ou no banner do projeto ali do lado.

SÁBADO DE CHUVA


Manhã de chuva num sábado meio triste. Parece aé que o céu chora. Abro a janela para testemunhar o derramar do das lágrimas divinas. Abro a janela e vejo o céu branco coberto de nuvens densas que desempenham seu papel de protetoras do manto azul que chora. Com essa textura uniforme as nuvens me lembram uma folha em branco, sem linhas. Que nos dá a liberdade de pintar sobre ela as cores que nos representam e nos alimentam.
Abaixo das nuvens os morros verdejantes e avermelhados trazem a esperança em expansão. O desejo da escalada e a vitória em picos de consagração. Depois vem a descida, como em uma montanha russa dá aquele friozinho na barriga e uma pequena excitação.
Ao pé do morro estão as casas e nessas casas está o povo. O povo mineiro, que é calmo e religioso. Um povo que às vezes é preguiçoso, mas que faz graça de tudo e ainda é caridoso. Um povo que anda devagar e vive sem pressa.
Ao longe eu vejo as fábricas. A fumaça denuncia a indústria que nunca para. A produção em massa do mineiro que se arrasta. Dali sai o produto que alimenta o mundo. O mundinho do mineiro que é astuto. Carros entram e saem e o som das máquinas é o que eu escuto.
A rodovia pulsa conscientemente da sua tarefa contínua. A travessia de histórias que poderão se encontrar um dia. Ligando corações apaixonados e familiares apartados pela dura vida de ter que se dividir entre os dois lados. A rodovia sabe e não julga nem condena. Não julga o jovem de bicicleta na contramão fazendo graça na rodovia quase vazia. Não condena o motociclista que caiu depressa  bem no meio da rodovia e o sangue que escore pondo em risco a sua vida. A rodovia é imparcial às vidas que correm sobre o asfalto, sobre as razões que as levam para cada lado, sobre as vidas que ali se arriscam e sobre os que preferem ali nem serem vistos.
O céu finalmente se entrega ao choro, num soluço silencioso. Triste pelas muitas histórias que ignoramos. Triste pelas muitas vidas se estão se desencontrando. Triste pelo fato de que muitos mineiros estão ali só trabalhando e nunca descaçando. Os mineiros que dispersos, se revoltam em silêncio e seguem trabalhando na esperança do reencontro com aqueles que vêm amando.

Projeto 642 - Cinco coisas que você vê do lado de fora da sua janela.

Wishlist Miscelânea - Projeto Old Mail


Voltei com o Projeto Old Mail!!! O projeto deu uma pausa, em seguida eu fiz uma pausa e assim, fiquei um tempão sem nem falar sobre ele. Mas o importante é que o projeto segue seu curso muito fofo. Se você não conhece ainda o projeto ou quer saber como participar segue esse link aqui.




O tema dessa rodada é Miscelânea e será a última rodada do ano. Por causa dos jogos olímpicos os Correios estão com os prazos alterados e as encomendas do tipo ?PAC (que é o tipo que geralmente usamos para enviar as caixinhas recheadas de amor) foi afetado. Será uma rodada que vai demorar mais pra chegar. Então a Querida Paty Dibona, idealizadora desse projeto, resolveu fazer dessa rodada uma grande festa. E para celebrar a beleza e toda a fofura desse projeto iremos unir todos os temas já criados para as rodadas de mimos em uma única caixinha. Pensa na fofura!! Essa rodada está com uma carinha de amigo secreto, já que vamos recebê-la já pertinho do natal.
As rodadas do Projeto Old Mail foram: cute, guloseima, amigo caneca, geek, floral, DIY (Do It Yoursel - Faça Você Mesmo) e Envelope, nessa ordem. E para ajudar na montagem da caixinha, faremos uma wishlist com as coisinhas que gostaríamos de receber das nossas amigas blogueiras.

Eu não gosto muito de fazer listas, porque acho que soa meio imperativo. EU QUERO GANHAR ISTO! E no caso se eu requisitar um presente ele deixa de ser presente. Mas como é sempre bom ter um guia norteador vou deixar aqui uma listinha das coisas que eu gosto. Mas não é imperativo. Qualquer coisa dentro da temática desse blog que eu vier a ganhar vai me fazer muito feliz. Vamos lá?

Fui dar uma passeada nos sites de papelaria e outras coisinhas fofas... Porque eu adoro papelaria. E encontrei algumas fofurices que se encaixam nas temáticas cute, floral e envelope.
 


 1 - Carimbos em madeira com estampas fofinhas que eu encontrei na loja Veio na Mala
Não é a primeira vez que digo isso, mas acho esses carimbos de madeira super fofos. Sempre quiz ter uma coleção desses, mas aqui na minha cidade não encontro tão fofos e com estampas tão divertidas. Agora que descobri essa loja on-line, acho que vou fazer compras...

2 e 3 - Cartões com estampas coloridas e desenhos divertidos - Veio na Mala
Gosto de enviar cartas para as pessoas de vez em quando. Não é a toa que estou participando desse grupo. E sempre que envio uma carta acho divertido enviar junto algo que seja bonito para alegrar o dia de quem irá recebê-la. Esses cartões são uma ótima opção, assim como cartões postais, cards de personagens ou mesmo de lugares.


4 - Materiais para Scrapbook. - Palácio das Artes
Não consigo selecionar um único item de Scrapbook para colocar nessa lista. Então coloquei todos. Desde papeis estampados até apliques, botões, clips, adesivos e todo o infinito do Scrapbook.


5 - Skettchbook lindo com capa de couro - LilouStudio
Sou apaixonada por esses sketchbook's (Caderno de Rascunhos), principalmente no estilo Moleskine de bolso. são práticos e cabe na bolsa, assim eu tenho sempre onde anotar minhas ideias.

6 - Esses caderninhos com estampas Travel da HeyInvent
Esses caderninhos não têm uma utilidade específica. Mas são fofos e pequenininhos. Eu adoro. Se pudesse faria coleção de caderninhos assim. Sempre que vou nessas lojinhas de Chinês eu fico namorando esses caderninhos. Normalmente eles cabem na palmada mão e vêm com estampas no estilo oriental, bem cute e colorido.


GULOSEIMAS!!!

Chocolates Bolinhos tipo Maria Cocadas Balas de açúcar Bolachinhas de Nata Trufas MM's Macarrons Paçocas Doce de Leite Balas de coco 
Bolo de pote Pipoca doce Brigadeiro 
Entre outros...

Só não gosto de balinhas e docinhos de goma, aqueles que do tipo "puxa", mas de resto gosto de tudo!

 

 

Esses organizadores de mesa são muito úteis e do tipo que estou precisando para o meu home office. Estou aos poucos organizando meu pequeno escritório e ainda está uma baguncinha por lá. Coloquei esse cofrinho na lista também porque comecei a guardar minhas moedas em um cofrinho improvisado e não é que consegui juntar um dinheirinho "bão"... Todos esses itens eu encontrei na loja virtual do Palácio das Artes, mas em qualquer lojinha de artesanatos você encontra. Esses modelos são os que me encantaram. Lá o Instagram do Palácio das Artes tem algumas dessas caixinhas prontas e, olha, uma mais bonita do que a outra. Coloquei as caixas cruas aqui na lista porque acho que encaixa perfeitamente na categoria DIY (Faça Você Mesmo).

 


Já o amigo caneca... Bem não sei direito o que por na lista. Selecionei esses três modelos que eu gostei nas lojinhas virtuais da Loucos por Canecas (1) e Imaginarium (2 e 3) . Gosto das Canecas grandes e prefiro as que tem frases, de cores quentes, normalmente uso para tomar café ou outras bebidas quentes, mas também gosto dessa tipo pote que serve pra praticamente tudo, né? Não gosto muito de rosa, apensar de ter colocado essa caneca toda cor de rosa aí, mas gostei dessa frase porque ela traduz os meus pensamentos de antes do café.


      

Chegamos ao final dessa wishlist com o melhor dessa rodada, na minha opinião é claro... Minha wishlist de livros

1 - Quiçá, Luisa Geisler - Record
2 - Toda Poesia, Paulo Leminski - Companhia das Letras
3 - Um tom mais escuro de magia, V. E. Schwab - Record
4 - Eles eram muitos cavalos, Luiz Ruffato - Companhia das Letras
5 - Todos os contos, Clarice Lispector - Rocco
6 - A Batalha do Apocalipse (Da queda dos anjos ao crepúsculo do mundo), Eduardo Spohr - Verus
7 - Tiac (A torre de Babel), GAbriel Ract - Novos Talentos
8 - Estranheirismo, Zack Magiezi - Bertrand Brasil
9 - Pó de Lua, Clarice Freire - Intrinseca
10 - Poema sujo, Ferreira Gullar - José Olympio

Além é claro dos clássicos colecionáveis com capa dura e tipologias todas trabalhadas nas capas. Particularmente eu acho mais bonito um livro sem fotos, apenas com aquelas letras bonitas. Se for de capa vermelha e letras douradas fica ainda mais charmoso, com cara de clássico. Já vi aqui na minha cidade livros em capa dura nas cores vermelha, azul, verde e branca e as letras douradas em destaque, todos são lindos. Aqui estão alguns dos clássicos que pretendo colocar na minha estante:



11- Drácula, Bram Stocker - Barnes & Noble Classics
12 - Orgulho e Preconceito, Jane Austen - Martin Claret
13 - Os Lusíadas, Camões
14 - Os Três Mosqueteiros, Alexandre Dumas

Tenho muitos outros livros que gostaria de colocar na minha estante, mas vou parar por aqui porque esse post já ficou enorme. O bom dos clássicos é que dá pra encontrá-los com um ótimo preço nos sebos. O único problema de comprar livros usados é que na maioria dos casos há um pouco de descaso e muita poeira envolvidos.
São algumas dicas de itens que eu gostaria de ter na minha home office. Acho que já deu pra ajudar a minha amiga secreta de fim de ano, haha.. 

Por hoje é só, até mais...

Suicidas - Resenha

Coloquei como meta para o ano que se segue a leitura de livros premiados, por isso comecei a procurar títulos que venceram concursos importantes, tanto nacionais quanto internacionais. Também tenho dado mais prioridade a Literatura Nacional, porque acho que temos muita coisa de qualidade que acaba sendo ofuscada pelos Best Sellers do New York Times. Eis que me deparo com um livro nacional muito bem criticado e com uma sinopse intrigante: Suicidas, do autor Raphael Montes.


Sinopse:

Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – aparentemente sem problemas – a participar de uma roleta-russa?
Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio.
Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte de seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo maior começa a se revelar.


Opinião:

Esse livro foi finalista no Premio Sesc de Literatura e do Premio Machado de Assis da Biblioteca Nacional!!! Já é motivo suficiente para lê-lo. E tem aquele "quêzinho" de ser uma história que se passa no nosso quintal. Ali do lado, na casa do vizinho carioca. O fato de um dos suicidas ser escritor foi o que me fez identificar com a história logo de cara, mas como um bom suspense a história vai mudando a medida que o autor-personagem começa a dar explicações para o suicídio coletivo. 

É uma história envolvente e cativante. Do tipo que você começa a ler e não quer parar até terminar a história. Não vou dar Spoilers dessa história surpreendente, mas fiquei chocada quanto terminei de ler. Os Romances policiais têm esse efeito de suspense constante e uma revelação decisiva no final. Acredito que o prêmio vencido pelo autor foi mais do que merecido. Todos os personagens são complexos e estão interligados de alguma forma. Os capítulos estão bem amarrados e a história flui, alternando passado e presente num ritmo gostoso de ler. É um livro inteligente.

Está mais do que recomendado!

Sobre o autor:

Raphael Montes nasceu em 1990, no Rio de Janeiro. Advogado e escritor, publicou contos em diversas antologias de mistério, inclusive na Playboy e na prestigiada revista americana Ellery Queen Mystery Magazine. Suicidas é o primeiro romance do autor, nascido de um projeto de mesclar subgêneros clássicos do policial em uma roupagem moderna. Amante e pesquisador do tema, Raphael é dono de uma biblioteca com mais de 5.000 livros do gênero e autor de variados estudos, tendo uma coluna semanal sobre literatura policial no Jornal do Brasil.
[...]
Sucesso de crítica e bem recebido pelos leitores, o autor foi recentemente convidado a publicar em inglês, em antologia policial organizada por Clifford Landers, ao lado de nomes como Rubem Fonseca, Lygia Fagundes Telles e Patrícia Melo. Além disso, realiza trabalhos como copidesque, ministra palestras sobre processo criativo e escreve o projeto de uma série policial para TV. Dias Perfeitos, sua próxima obra policial, será publicada pela ed. Companhia das Letras em março de 2014. (Fonte: site oficial do autor)

Título: Suicidas
Autor: Raphael Montes
Páginas:488
Editora: Benvirá
Ano: 2012

O Leitor de Almas - RESENHA

Estava passeando na livraria, como sempre faço, olhando as prateleiras a procura de algo que me agradasse a primeira vista. Porque sou assim, busco primeiro um título que me chame a atenção e depois vou direto a sinopse para saber do que trata. Com o "Leitor de Almas de Paul Harder (Paul Harper é o pseudônimo de David Lindsey) foi assim, achei o título interessante. Estava na sessão do sebo, então pensei não se tratar de nada muito especial, mas quando li a sinopse fiquei intrigada.


Sinopse:

Lore Cha e Elise Currin - esposas de dois poderosos e influentes empresários de San Francisco - estão tendo casos extraconjugais com o mesmo homem. As regras dos encontros são sempre as mesmas - nomes verdadeiros e detalhes pessoais ficam fora do quarto. Mas quando Vera List, a psicanalista de Lore e Elise, percebe que seus arquivos profissionais estão sendo violados e informações confidenciais, medos e fantasias das mulheres estão sendo utilizadas para manipulá-las, o que não passava de uma grande coincidência se torna um perigo fatal.


Ah, minha mente foi direto na minha infância/adolescência quando eu comia livros desse gênero. Antes mesmo de mergulhar de vez na poesia e de curtir os romances fantásticos, eu curtia mesmo era o bom e velho romance policial. Já até escrevi um conto policial uma vez, que já a muito se perdeu por aí. Mas eu tive vontade de mergulhar na história. E não me arrependi. o texto e fluido, como é característico desse gênero. A história vai se revelando aos poucos e a complexidade aumentando na mesma proporção.

Quem já leu esse gênero sabe que ele é mais lógico e rápido. Apresenta a estrutura de apresentação e clímax nas horas exatas. Não tive dúvidas sobre quando as verdades seriam reveladas ou mesmo como. Não é o melhor romance policial que você vai encontrar por aí. Mas é uma ótima leitura. como toda trama de investigação, não é uma história de "porquê's", mas de "como's". Se você gosta desse estilo vai se distrair um bocado. 


Título: O Leitor de Almas
Autor: Paul Harper
Editora: Paralela
Páginas: 232
Ano: 2013

Caderno Viajante - 4ª Rodada


Essa caderno viajante está fazendo uma viagem e tanto. Confesso que o atraso para chegar ao destino deixa ainda mais interessante a viagem. Sabe quando você erra o caminho e tem que ficar dando voltas e mais voltas até encontrar o caminho certo, quando de repente acaba a gasolina ou você chega tarde demais. É bem assim que está sendo a viagem desse caderno. A culpa é em partes minha, mas vou deixar para contar mais detalhes no final. Você sabe, a gente só acha graça da aventura depois que ela acaba. durante o sufoco fica todo mundo meio p* da vida. haha.

Mas vamos ao caderno... O caderno da vez é da Hidaina Rosa, a Hida. Ela é jornalista e tem um blog chamado Blog da Hida, lá ela fala de diversos assunto, de blogagens coletivas, de outros bogueiros e muita coisa que envolve o universo dela. E, devo dizer, é muito legal.

Não vou colocar muitas fotos desta vez - primeiro porque estou usando a internet do celular e, com o perdão da palavra, está uma bosta subir mídia. Depois porque acho que posso acabqar revelando demais do caderno que ficar gorducho de tanta fofice que colocamos dentro, haha - Vou colocar apenas uma foto para provar o quão obeso o caderno se encontra e dar uma pequena amostra do que eu fiz, claro.

Não esqueçam de passar lá do blog da Hida para conferir os posts dela, já que por aqui eu estou meio ausente, acho que vocês vão achar coisas interessantes por lá.


Até o próximo caderno, faltam só duas rodas para meu caderno voltar para casa. Como será que ele está???

Eu e o silencio do meu pai - RESENHA

Este é o segundo Booktour do qual participo, também da Editora Biruta. Dessa vez o título escolhido pela editora foi "Eu e o silencio de meu pai" do autor Caio Riter.


Da mesma forma que o livro "A última carta", da mesma Editora e já resenhado aqui, este foi um livro de fácil leitura. A história é leve e fácil. Representa o cotidiano de muitos pais e filhos, mostrando uma realidade do ponto de vista de um filho que busca no pai o modelo de vida para si. É um livro pra que não gosta de leituras muito complexas e de livros gigantes com centenas de páginas.


Sobre a diagramação nem preciso falar nada, a Biruta sempre capricha nos desenhos abstratos e cheios de significado que você vai entendendo conforme avança na leitura. É bonito, leve e tem uma narrativa interessante. Eu recomendo.

Sinopse: 


Transformar-se em gente não é tarefa fácil. O Menino muito sofreu, muito chorou. Olhava o Pai e não entendia por que seu pai não era como os outros tantos pais: homens de palavras, homens de carinhos, homens de festa. 

Não. Seu Pai era silencioso, triste. Seu olhar era distante,seu passo era trôpego, seu carinho era vago. Assim, o Menino teria que aprender a amar esse Pai. Teria que aprender a conversar com esse Pai.

Sobre o autor:


Caio Riter nasceu em 24 de dezembro, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. É Bacharel em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, e licenciado em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas, pela Faculdade Porto-Alegrense de Educação, Ciências e Letras - FAPA/RS; é Mestre e Doutor em Literatura Brasileira, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professor de Língua Portuguesa e de Redação. Ministra oficinas literárias de narrativa e de Literatura Infantil.


Título: Eu e o silêncio do meu pai
Autor: Caio Riter
Editora: Biruta
Páginas:100
Ano: 2011


Coisas que todo mundo gosta menos eu.. - Rabisco de duas

O tema do Rabisco de duas desse mês foi "Coisas que todo mundo gosta menos eu" e, bom.. tem muitas coisas que a pessoas curtem, mas eu não ou muito fã. Não tinha como eu colocar tudo num desenho, então coloquei o que achei mais interessante.

Vamos lá?


Primeiro de tudo: TV, haha, eu não curto muito assistir TV, sabe? Novela, noticiário, são coisas que assisto muito de vez em quando se não tiver outra coisa melhor pra fazer.. Sei lá, não sou muito fã, prefiro internet.

Segundo: Não gosto de falar ao telefone, nem gravar audiom nem ficar horas esperando alguém me responder uma mensagem. Gosto de falar com a pessoa olhando nos olhos. dá mais dinamismo ao diálogo. É melhor.

Terceiro: Não goto de flores! Não gosto de ganhar flores, nem de dar flores, nem de ter flores em casa, nem de flores em lugar nenhum. A não ser que seja lgo estampado com flores, mesmo assim, depende da estampa. #SouEstranha

Quarto: Não gosto de balada, nem de aglomerações de pessoas. Todo lugar que tem muita gente junta eu evito. Me chame de antissocial...

Agora, a Aline fez o desenho dela também com coisas que eu adoro e parece que ela não curte tanto.. Mas entra lá no blog dela pra ver a explicação (não curte seriado Aline? Sério?)

Diálogo na sala de espera

Ela acorda sozinha e com frio no sofá desconfortável da sala de espera. Um grupo de pessoas estão no sofá a sua frente, aguardando alguém. Um senhor de terno e cabelos grisalhos bem penteados. Uma senhora de aparência sofrida^e roupas simples está ao lado do senhor. Um casal mais jovem muito está sentado ao lado deles. Ela se senta lentamente lutando para manter os olhos abertos e tentando bloquear a luz do sol que clareava a sala. Pegou o controle remoto e ligou a TV para ver a hora, quase nove horas da manhã. Ela havia dormido mais do que devia, muito mais do que pretendia e ainda assim estava exausta. A noite anterior havia sido horrível. Ela continuou passando os canais para encontrar algo que lhe distraísse mais alguns minutos antes de voltar para a dura realidade de mais 18 horas de trabalho no escritório agitado. em um canal estava passando um filme romântico, um casal andando de mãos dadas. No outro um casal aos beijos numa cena provocante. Em outro uma cena de casamento de um filme muito famoso, mas que ela não se lembrou o nome. E foi passando os canais até chegar a um que passava um filme de apocalipse zumbi e ali ficou encarando a TV. O senhor a sua frente ficou incomodado.
_ Uma moça tão bonita como você devia ver um bom romance, não essas coisas horrorosas...
_ Eu não gosto de romance... Romance é algo criado para iludir as pessoas.. Cria a sensação de que somos queridos e que as pessoas se importam conosco, mas é tudo um teatro para aprisionar-nos em conceitos pré-definidos que nunca definiram o amor. Eu prefiro o amor...
_ E o que é amor sem romance?
_ É você se importar, estar presente, dizer não quando precisa ser dito, ligar quando não puder estar perto, proteger o outro do frio  e fazer o jantar quando a gente não conseguir chegar em casa a tempo ou muito cansada pra isso...
_ É.. você definiu o que é amor. Uma definição bem pratica, aliás, mas não incluiu o romance ai... Às vezes é preciso que haja um pouco de romance, no dia a dia, sabe? Um caixa de chocolates num dia de sábado a toa, jantar em um restaurante legal, presentes fora de época, esse tipo de coisa despretensiosa que faz o dia de vocês mulheres mais colorido.
_ Eu não sou muito fã disso...
_ Talvez porquê você nunca teve isso...
_ Talvez...
Uma mulher de meia idade vestindo um terno entrou na sala de espera e chamou pelo senhor que conversava com ela e, olhando para ela disse:
_ Alice, você está atrasada! Estão lhe esperando na sala de reuniões.
Desligando a TV ela se despediu dos presentes com um gesto delicado e foi porta adentro para enfrentar seus compromissos.

Minhas inspirações do Pinterest para Home Office

Já faz um tempo que não falo sobre organização aqui e isso tem um motivo: minha vida está desorganizada pra caramba... haha. Odeio admitir isso, mas é a verdade. Mas como gosto muito de deixar tudo organizado estou buscando inspiração lá no Pinterest para montar o meu Home Office e finalmente por ordem na minha bagunça.

O Pinterest é um baú do tesouro para quem quer ideias e inspiração para qualquer coisa. Vou mostrar algumas das Home Office's que me encantaram e que pretendo usar como inspiração para tranformar meu cantinho.


Essa é a minha ideia principal para o meu cantinho, gosto das gavetas e da estante assim pertinho porque sempre que estou escrevendo preciso olhar um livro, ficha de personagem ou mesmo um dicionário e se estiver tudo pertinho facilita a vida.


Mas este modelo é muito grande. Como vou montar um cantinho dentro do meu quarto, não tem condições de colocar um móvel desse tamanho.


Minha ideia é fazer uma mesa grande assim (imagem ao lado) com as gavetas em baixo, de preferencia aquelas com rodinhas para poder tirar e colocar quando quiser. Sempre que vou escrever tenho que usar pelo menos um caderno de ideias onde coloco todos os insights e muitas folhas avulsas onde vou desenhando - as vezes literalmente desenhando - os personagens e os lugares onde vão se passar as histórias. Por isso preciso de espaço. E acho que esse seja um tamanho bom para deixar no quarto porque vai ocupar uma parede só e o restante fica livre.

A imagem abaixo ilustra melhor como eu quero essa mesa, só que sem ser grudada na parede.









Mas não gosto da prateleira em cima da mesa. Não sei.. acho que fica meio fora e mão. A mesa vai atrapalhar na hora de pegar algo lá em cima... E as cores quero no tom de madeira como na imagem acima, porque combina melhor com meu quarto e os móveis que já tenho.










Eu acho mito legal essas divisórias organizadoras na parede (não sei como chamam). Mas é bem legal, porque dá pra organizar cada coisinha em seu lugar e ainda fica tudo na vista, assim não tem esquecer. Posso usar como um banco de ideias que fica bem fácil de localizar quando precisar e colocar ali minhas prioridades. Tem esse calendário que é tipo um planner de parede muito legal. Não sei se vou encontrar essas coisas na minha cidade, mas se encontrar vou fazer assim.



Basicamente é isso.. Vamos ver se consigo fazer. 

Até mais

A viagem dos meus sonhos - Culturação

Depois de um tempão sem postar aqui, voltei com um projeto que adoro. O Culturação esse mês trouxe um tema que me deixou inspirada, a TAG – A viagem dos meus sonhos

A proposta desta TAG criar uma mini história a partir dos livros que você já leu. Pra isso, você vai fazer uma busca em seus arquivos mentais e responder as perguntas a seguir, usando como base os diversos livros lidos em toda sua trajetória literária. Se quiser, pode misturar títulos. Uma coisa é certa, você vai viajar...

Qual será o meu destino?

Londres do Século XIX. Um lugar cheio de pompa e cordialidade. Onde mistérios se escondem em cada dobra da luva, em cada chapéu, em cada leque meio aberto ou freneticamente chacoalhado. Acho linda a forma como as pessoas se vestiam e se tratavam, havia uma formalidade muito bonita que se perdeu com o tempo.

Qual o meio de transporte vou usar?

Dirigivel! Sobrevoaremos as cidades com a calma de um dirigivel que não tem pressa pra chegar...

Quem será seu acompanhante ou acompanhantes?

Dom Quixote se la Mancha, porque gosto da companhia dos loucos, dos que sabem apreciar o insano e se derramam no mundo surreal. Dom Quixote viveu as melhores aventuras já vividas.

Quem você vai encontrar lá?

Encontraremos os Mosqueteiros da Rainha, fazemos uma pausa para prossear com D'artanan para saber dos feitos deste heroi querido.

Quais lugares você faz questão de conhecer?

Iremos ao Palacio de Buckham e a Torre de Londres, nos certificar de que a Rainha da Inglaterra esta segura e ela não esteja diatribuindo suas joias por aí. (Hehe).

Que recordações você pretende trazer dessa viagem?

A honra de ter servido de coadjuvante de uma grande hiatoria e as memorias dos loucos que sonharam e se realizaram, cada um a sua maneira.

O que fará desta viagem, inesquecível?

Sem sombra de duvida o fato de que eu sou a roteirista e que poderei trazer comigo todos os que amo e partilhar com eles todas as maravilhas de historias que podem ser vividas e revividas.

E aí? Gostou de viajar comigo?

O medo da Paz

Eu ainda tenho medo. Tenho medo das coisas que eu não vejo. Tenho medo de sentir medo e de me ver do avesso, com medo. É estranho que eu sinta medo, porque mesmo quando enfio a cara no travesseiro é só no escuro que eu vejo. Eu me vejo e sinto medo. Medo porque já não sou mais a mesma, não tenho a mesma aparência. E às vezes sinto que me perco e então me vejo, outra vez do avesso e com medo.

É estranho que a gente sinta tanto medo. Dizem que a vida acontece de qualquer jeito, mesmo quando a gente sente medo. A diferença entre sentir e não sentir o medo, é que quem não tem medo não tem apego. É gente que se joga de corpo inteiro. 

Mas eu tenho medo, eu me contenho e não me atrevo. Eu não me atrevo. E tenho apego. Me apego ao que eu não tenho e que me dá medo. Me abala as estruturas em pensar que meu corpo é denso e não vai ficar ileso. Meu corpo é frágil e por isso eu não saio sem armadura. Porque tenho medo.

Há quem pergunte qual é o motivo de tanto medo e eu me perco, faço rodeios. Tenho medo mesmo é do próprio medo. Que me agarra o corpo, me tira a voz e faz de mim a mesma, sempre com medo.

Eu sei.... Eu sei que não faz sentido sentir tanto medo. Mas eu temo que a ausência do medo me roube o zelo. Não é a toa que quem não tem medo arrisca tudo e não olha pra trás. Não se apega e vive em paz. E é tão sagaz. 

E mais, temo que um dia ninguém se importe mais, nem corra atrás. Ilhas e ilhas empareadas, cada uma com sua paz e nada mais. Assim é fácil viver em paz, sem ter medo das coisas que se desfaz. Sem medo daquilo que lhe desfaz e lhe refaz. 

Talvez eu deva mesmo deixar o medo e seguir em paz...

Você não tem medo? Então, como é que faz?

Coisas que não faço mais - Projeto 642

Esse Projeto estava um pouquinho parado, jogadinho de lado, mas agora eu retomei ele com um pouco mais de entusiasmo. Pra quem não conhece O Projeto, ele consiste em uma lista de assuntos aleatórios para escrever sobre e funciona como um exercício para escritores fugirem do tão temido bloqueio criativo. E o tema de hoje é:

O que você costumava fazer; porém, agora não faz mais?


Eu costumava fazer muitas coisas, algumas que era bem divertidas e outras que eram prejudiciais para minha saúde mental. Deixei de fazer coisas que já não tinham importância ou que já não tinham nada para me ensinar. Aqui está uma lista das coisas que não faço mais:

  • Assistir sessão da tarde
  • Jogar Need For Speed para ficar passeando com vários carros diferentes
  • Assistir o Video Show só pra ficar vendo os Falha Nossa e os Making Of da TV
  • Assistir TV Fama só pra ficar sabendo as fofocas dos famosos
  • Jogar jogos de Tabuleiro
  • Jogar Stop de papel
  • Ficar pendurada na janela/varanda pra ver o movimento
  • Conversar com meus amigos imaginários
  • Ficar horas sem fazer absolutamente nada


...

E tinha muitas outras coisas que, por eu não fazê-las mais, não me lembro quais eram...


O salva-vidas - Projeto 642

Estou participando de um novo projeto para escritores chamado Projeto 642, que consiste em escrever sobre vários temas propostos pelo projeto, como um exercício de escrita. Pra quem não conhece O Projeto, ele consiste em uma lista de assuntos aleatórios para escrever sobre e funciona como um exercício para escritores fugirem do tão temido bloqueio criativo. E este é o segundo tema:

Você é um super herói. Qual o seu poder e como você vai usá-lo?


Eu estava lá, dividido outra vez entre fazer o que era certo e deixar meu coração pensar por mim. O dia estava ensolarado, mas um vento frio atravessava meu corpo vindo da janela aberta a minha frente. "Coração não tem cérebro, logo, ele não pensa" era o que dizia minha consciência. Mas vendo-a assim deitada nessa cama de hospital, com tantos tubo e frios a atravessar-lhe a pele cintilante de tão branca, era algo que me fazia vacilar.
Havia tantas almas que mereciam a minha atenção neste momento e eu me recusava a cumprir o meu propósito. Estava cego e agia em desconformidade com o universo. Sempre me perguntei se o universo era responsável pelo meu dom, mas agora percebo que a responsabilidade era toda minha. Queria viver eternamente com ela do meu lado e me senti estupidamente egoísta por isso. Me lembrei das vezes em que manipulei as pessoas sem perceber só pra conseguir o que queria. Foi só quando tomei conhecimento dos meus poderes que decidi ser altruísta. Mas será que estive me enganando todos esses anos? Ela tinha que ser minha!
O quarto de hospital estava vazio. As enfermeiras já haviam passado por aqui e demorariam a voltar. Através da janela era possível ver a vida acinzentada que acontecia lá fora. Carros correndo para lá e para cá no frenesi de quem tem pressa pra chegar. Mas ela estava em uma vida nublada e enegrecida. Numa escuridão de pensamentos estonteantes. Poucas vezes entrei em mentes tão profundamente pesadas e confusas. Seus pensamentos estavam desorganizados, sem sentido.
Num momento de distração, me vi em outro lugar. Um lugar branco e iluminado. "Não, não pode ser!" pensei comigo. Aparentemente pensei em voz alta porque alguém respondeu. Demorei para perceber que a resposta vinha da minha própria mente, mas não eram pensamentos meus. "Coitado" a voz continuou no pensamento "ela já nem deve estar mais aqui. Pobre rapaz... Devia, pelo menos, deixar que ela descanse em paz".
Me vi pelos olhos da enfermeira parada na porta de vidro. Percebi que estava mais magro do que me lembrava, meus cabelos estavam ridiculamente compridos e desarrumados e eu estava tão pálido quanto ela. Como se eu estivesse morrendo também. As roupas pretas que usava davam um contraste horrível ao ambiente. Percebi que parecia um urubu no quarto, pronto para devorar a carniça. Ou será que era isso que a enfermeira pensava? Resolvi vasculhar a mente dela, como um ato rebelde de um adolescente imprudente e egoísta. Percebi que ela pensava em dezenas de outros pacientes que imploravam por vida. Me senti envergonhado, eu deveria estar ajudando... Eles queriam viver. Amanda apenas deixava-se esvair de seu corpo, como se desejasse a partida. Sem nenhuma despedida.
Voltei a mim e percebi que minha cabeça doía. A enfermeira estava segurando minha cabeça para trás, contendo o sangramento no meu nariz. Parece que me concentrei demais para encontrar a consciência dela.
A enfermeira me levou ao ambulatório, onde me obrigo a deitar em uma maca desconfortável. Me permiti relaxar por um minuto, para cessar o sangramento e a dor. Cinco minutos de paz silenciosa que valeram cada segundo. De repente, fui tomado por uma dor súbta no peito, como se tivesse sido atingido por um raio e ouvi o médico dizer "é a terceira vez hoje! Vamos lá, Romeu, ajuda a gente!". Então, ricocheteou para o outro lado da sala, a dor se transferiu para os ossos do quadril e a voz dizia "sai logo, filho!". Como assim? eu vou dar a luz? Ah não! Eu preciso sair daqui. Acho que não foi uma boa ideia relaxar em um hospital.
Levantei-me desesperado e corri para fora do hospital, parando somente quando havia deixado uma distância segura entre nós. Sentei-me na calçada perto da Rodovia e relaxei de novo. Dessa vez, não houve paz, deslizei imediatamente para outra mente. O dia de hoje me deixou muito desastrado, parece até meu primeiro dia.
Dessa vez era uma jovem. Devia ter pelo menos uns dezessete ou dezoito anos. Mas era pequena como uma criança e desnutrida. Os pensamentos dela eram atordoados, mas claros. Havia outra consciência, mais fraca, mas igualmente cheia de vida. Ela estava grávida. E pensava claramente que não queria estar mais. "Você não pode fazer isso!" pensei de sopetão, sem perceber que gritava na mente dela. Ela abriu os olhos num susto e pude ver a Rodovia movimentada afrente dela. Como ela podia pensar em acabar com duas vidas... Eu estava tentando desesperadamente salvar Amanda, cuja mente parecia ter desistido da vida. E ela estava pronta para por fim a, não uma, mas duas vidas. Por fim àquela pequena vida dentro dela. Sai da mente dela e procurei-a ao longo da Rodovia. Lá estava ela, envolvendo o ventre com os braços e recuando até cair de joelhos no asfalto.
Reencontrei meu propósito. Me senti satisfeito e feliz, enquanto a conduzia para o hospital. Convenci-a a procurar a ajuda. Observei-a acompanhar uma assistente social. E fui tirado do meu estado de êxtase pela enfermeira que vira mais cedo.
_ O médico quer vê-lo agora.
Segui-a até o quarto, onde Amanda permanecia imóvel. O médico me fixou com aquele pesar nos olhos que eu conhecia bem. Ignorei-o e vasculhei o quarto em busca da mente dela. Mas nada encontrei. Ela desistiu. Ela partiu. Desisti de busca-la e peguei o médico no meio de uma frase.
_ ... ela está nafila de transplantes há quase dois anos. E, e o senhor concordar, ela poderá ajudar ele a sair da fila. Seria uma útima contribuição que ela faria a esse mundo.
_ Não, senhor. Será a primeira. _ e assinei os papéis e sai do quarto para que os médicos e enfermeiras prosseguissem.
_ O senhor não vai se despedir de sua esposa? _ o médico parecia preocupado e eu não tive o interesse de entrar em sua mente para saber se era verdade.
_ Ela não está mais aí... _ disse e segui para continuar cumprindo meu propósito: salvar mais vidas, aquelas que queriam ser salvas.