CONHECE-TE A TI MESMO

    Você é do tipo que gosta de agadar a todo mundo? Que quer saber o porque de tudo? Que só faz o que te pedem? Ou que só faz o que você tem vontade? 

        Estava lendo um artigo da Gretchen Rubin no LinkedIn que fala sobre o auto-conhecimento apresenta um Quiz para ajudar nesse processo de autoconhecimento.
          Em primeiro lugar deixe-me apresentar essa autora, Gretchen é autora de “O Projeto Felicidade” (The Hapiness Project) nº 1 no New York Times e best-seller internacional.
            Em seu novo livro “Melhor que Antes” (Bether Than Before) ela investiga estratégia que ajudam a criar ou acabar com hábitos. Segunda apropria autora “Me custou meses de meditação para entender tudo o que eu tinha observado, e para encaixar isto no sistema que representa tudo.”
               
                O sistema do qual Rubin nse refere se trata de um quadro de quatro tendências: Upholder (Seguidores, em uma tradução aproximada), Questionador, Obliger (Obrigado ou submisso em uma tradução aproximada) e Rebelde. O que diferencia uma tendência da outra é como respondem às expectativas e aos imprevistos. 

                    Upholders: responde prontamente às expectativas externas e internas. Upholders respondem às “regras” internas e externas. São o tipo de pessoa que acordam pela manha e pensam o que tem na sua lista de tarefas do dia. Se motivam pela execução, em ter as coisas acabadas. Não gostam de cometer erros, de serem culpados e nem de falhar; mesmo quando fazem tarefas para si mesmos.
                       
                        Questinador: questiona todas as expectativa; eles vão de encontro à uma expectativa quando acreditam que esta faz sentido, seguem as regras confirmadas transformando todas elas em regras internas e autoimpostas. Quando acordam de manha pensam no que precisa ser feito. São motivados pelas razões que justificam as atividades. Realmente não gostam de gastar tempo e esforços em atividades com as quais eles não concordam.
                            
                            Obligers: recebe expectativas externas, mas tem problemas com as expectativa que impõem em si mesmos. Ao acordarem pensam no que lhes foi pedido para fazer, pois são motivados pela responsabilidade que têm para com outras pessoas. Não gostam de ser reprimidos ou de deixar os outros na mão.
                               
                                Rebeldes: como o próprio nome diz,reistem à todas as expectativa, tanto externas ou internas. Acordam e pensam no que eles querem fazer. São motivados pela liberdade, e autodeterminação. Não gostam que digam à eles o que fazer
                                   
                                    Segundo a autora, entender as tendências é importante para saber como motivar a si mesmo ou outras pessoas – caso você seja o líder de uma equipe. Este seria a chave para saber como as pessoas irão considerar e agir diante de um pedido ou ordem.
                                       
                                      Segue abaixo os links para os vídeos explicativos de cada tendência, em inglês. Mas não se desespere se não souber o idioma, as legendas do YouTube estão ativadas.
                                      Link para o artigo de Gretchen Rubin em inglês.

                                      Para quem quiser responder ao quis (em inglês) Quiz



                                      Eu sou uma questionadora, e vocês? Respondam nos comentários.

                                      As coisas mudam - As Ruínas de Jorge

                                      Oswaldo chegou do trabalho na sexta-feira e encontrou Jorge sentado debaixo de uma árvore que dava para o playground do condomínio. Ele estava concentrado, desenhando o que parecia ser uma casa. Oswaldo pegou alguns dos desenho de Jorge e viu que estava melhorando no traço e que as casas estavam ficando lindas.
                                      Depois de alguns minutos Jorge parou e olhou diretamente para o amigo.
                                      _ Meus vizinhos me diseram pra ir na Prefeitura pedir uma ajuda.
                                      _ Você quer que eu te leve lá?
                                      _ Não, eu vou na segunda. Hoje não dá mais tempo. Será que eles dão esse tipo de ajuda?
                                      _ É provável que sim. Eles ajudam tanta gente que não merece. Por quê não ajudariam você.
                                      _ É...
                                      Jorge reuniu os desenhos em uma pasta transparente e levantou-se. ficou um tempo olhando o caminho de pedras que dava no playground. Em seguida apontou para um brinquedo e recomeçou a conversa.
                                      _ Eles podiam colocar um balanço ali do lado, ou embaixo da ponte. Ia ficar muito legal...
                                      _ As vrianças de hoje nem sabem balançar. Vê como isso aqui fica deserto?
                                      _ O que elas fazem no tempo livre? Com todo esse espaço aqui fora era pra ficar uma anarquia de criança aqui.
                                      _ Era mesmo. Mas elas só ficam no computador. Por isso são todas obesas.
                                      _ Eu tinha um tio qe era obeso, mas ele não era de ficar parado não. Ele era bem ativo.
                                      _ Acho que os tipos de obesos também mudaram.
                                      _ Muita coisa mudou não?

                                      Eles entraram e a mulher de Oswaldo serviu um lanche para os dois. Misto frio e chá preto. Ela não estava afim de cozinhar, então serviu o que tinha no ármário. Oswaldo bebeu um gole do chá e e serviu de dois mistos. Depois reparou que seu amigo estava apenas beliscando o chá e fazendo esculturas com os pães.
                                      _ Você não vai comer isso?
                                      _ Vou... _ Ele continuou a modelar o seu pão. Pegou mais uma fatia de queijo que estava em cimada mesa e colocou por cima. Apertou um pouco e fez uma especie de carrinho que ficou muito estranho.
                                      _ Você tá virando um artista, é?
                                      _ Talvez. Não sei. Não tenho certeza.
                                      _ Ah.. Seus desenhos estão ótimos. Você podia vnder um pouco dessas ideias para algum engenheiro ou arquiteto. Imagina só ver essas casa em pé.
                                      _ Seria mais interessante ver minha casa em pé... Não consigo me lembrar como era a parte de traz. Na foto só tem a parte da frente.
                                      _ Mas você não tinha nenhuma foto na parte de trás?
                                      _ Não. Só na parte da frente, nunca na parte de trás.
                                      _ Por que?
                                      _ Porque era muito feio do outro lado. Tinha que concertar alguma coisa.
                                      _ Você pode fazer algo diferente, não precisa ser a mesma casa. Nem precisa ser no mesmo lugar.
                                      _ Eu, me mudar?
                                      _ As coisas mudam, não é?
                                      _ As coisas mudam...

                                      Mulheres são como maçãs em árvores.

                                      Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, elas estão erradas… Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar, aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore. 

                                       - Machado de Assis

                                      O que mulheres bem sucedidas têm a dizer

                                      Essa semana estava navegando pelo LinkedIn e li um artigo que achei bem interessante, sobre os conselhos de mulheres bem sucedidas para nós mulheres que estamos entrando nesse mercado competitivo. 

                                      São frases de motivação e também de inspiração. Vale a pena pegar uma dessas e colocar no espelho ou em sua agenda.

                                      Pra quem quiser ver o artigo original - em inglês - o link está no final desta postagem.

                                      Sobre seguir em frente como uma profissional no ambiente de trabalho atual:

                                      “Das duas uma: ou você constrói o seu sonho, ou alguém te contrata para construir o dele.” – Ekaterina “Sabe quando você faz o seu melhor e quando um 9,0 é suficiente, porque perfeição é super estimada.” – Linda (tradução aproximada) “Seja você mesmo, seja autêntico. Ria um pouco alto demais, dance um pouco fora do tom,” – Beverly “Mulheres ajudam outras mulheres; evite usar a linguagem negativa pela qual nós mesmos temos sido julgadas.” – Elizabeth “Você não pode subir se você não se deixa ir.” – Beverly “(Liderança) se trata de saber quando intervir, mas também de dar as pessoas a oportunidade de tentar e ter sucesso.” – Linda “Você pode obter o bem feito em uma hora de almoço se perguntando "como podemos ajudar uns aos outros.’” – Ekaterina “Não confie no network apenas com mulheres. É importante construir um poderoso network com homens também.” – Linda


                                      Sobre trabalhar no ambiente social, quebrar silos, conseguir adesões e entregar uma experiência excepcional para o cliente:

                                      “Para uma boa experiência do consumidor, o ambiente social deve trabalhar em harmonia com os outros níveis de marketing.” – Linda “Dirigir a educação face-a-face e alinhar as unidades de negócio para conseguir a chave do envolvimento de satakeholders no ambiente social.” – Ekaterina “Você não pode pré-programar mensagens e simplesmente ir jantar. É uma experiência de compartilhamento e nós temos que estar lá juntos.” – Beverly “Eu nunca reivindicaria um guru de mídia social. sou uma marketeira¹ e uma das boas. Eu simplesmente uso a mídia social.” – Beverly


                                      ¹ Profissional da área de marketing


                                      Olhos cheios d'água - As Ruínas de Jorge

                                      Oswaldo conseguiu fazer com que Jorge ficasse em sua casa. Na casa de Oswaldo. Jorge sempre fora um homem independente, obviamente não gostava de ficar na casa de outras pessoas por mais que algumas horas. Era chato e ele não tinha liberdade. Não podia deitar-se quando tinha sono. Tinha que esperar os donos da casa irem se deitar também. 
                                      Oswaldo trabalhava de tarde em uma fabrica de parafusos e quando chegava em casa ainda ficava horas conversando com sua mulher. Juliana trabalhava durante o dia em uma loja de doces, às vezes chegava em casa à noite. A conversa do casal durava horas, era como e fosses recém casados, sempre tinham assunto um com o outro. Eles já estavam casados à seis anos. Nenhum dos dois queria filhos, nem animais de estimação.
                                      Jorge passava os dias observando a vizinhança. Oswaldo e Juliana moravam em um condomínio fechado, onde havia várias casinhas bem acabadas. Jorge passeava pelas ruas analisando como aquelas casas haviam sido feitas, porque queria que a sua ficasse tão bonita quanto. Se conseguisse reerguer seu sobradinho.
                                      O sobradinho de Jorge era todo verde e tinha os detalhes em branco. Logo depois da porta de entrada estar a escada que dava no andar de cima, do lado direito uma sala de estar que era pra receber os amigos e do lado esquerdo uma pequena cozinha americana. No andar de cima ficava o quarto de Jorge e o escritório onde escrevia seus artigos para a revista semanal de Guerrilândia. Jorge pretendia gerenciar dali o jornal de Guerrilândia. Como já tinha funcionários suficientes para fazerem o trabalho ele poderia passar mais tempo em casa. Era tudo o que queria. Depois de passar anos cobrindo reportagem de campo, indo de um lugar, às vezes sem nem dormir direito.
                                      A fotografia danificada pelo fogo estava em seu bolso todo o tempo. Quase não dava pra enxergar o que havia nela, mas ele a segurava de vez em quando e ficava admirando os personagens que, à essa altura, só ele sabia quem eram.

                                      Ao chegar o final de semana, Oswaldo levou Jorge até sua casa. A casa de Jorge. Oswaldo foi preparado para um dia longo de trabalho. E Jorge não estava mais tão ansioso. Estava calado no carro olhando sua fotografia. Quando olhou o entulho em que se transformara sua casa suspirou e Oswaldo tentou anima-lo.
                                      _ Calma amigo, eu chamei algumas pessoas pra ajudar, daqui a pouco não vai ter mais bagunças nenhuma aqui.
                                      _ Daqui a pouco não vai haver minha casa aqui...
                                      _ Vamos, pegue as coisas que você quiser guardar e coloque lá trás.
                                      Eles saíram do carro e os vizinhos de Jorge já estavam todos tirando o entulho de sua casa. Todos os homens usavam bermudas e alguns estavam em camisa. Euclides era o único que estava de calça comprida. Eles tiravam os tijolos e pedras e colocavam na caçamba. Jorge foi aos poucos se misturando aos homens e coletando seus objetos. A maioria já tinha perdido a forma e estavam todos chamuscados pelo fogo.

                                      Jorge estava ouvindo o discurso animador de um de seus vizinhos quando viu um brilho no chão. No mesmo instante ele abaixou e levou a mão no meio das pedras. De lá tirou uma gargantilha preta que tinha algo parecido com um cristal pendurado.. Ele abriu um sorrio largo e seus olhos encheram de água.

                                      As Ruínas de Jorge, Cap. 6

                                      Beijocas - As Ruínas de Jorge

                                      Jorge balançava a cabeça em sinal de afirmativa e negativa. As vezes pronunciava algumas palavras comuns mas que não tinham um significado concreto. Como aquelas respostas prontas  que se dá pra tudo quando não se tem resposta pra dar ou quando não se quer responder a verdade.

                                      Mas a verdade é que ele estava preocupado com sua casa. Seus pertences - pelo menos os que conseguiu encontrar no meio do entulho - estavam ainda na calçada ao lado do carro de Oswaldo.

                                      Ele se perdeu novamente em seus pensamentos, enquanto seu amigo e sua vizinha falavam dele na terceira pessoa. Ele resolveu levantar e foi em direção ao carro de Oswaldo. Agachou em frente aos objetos e foi tirando a poeira delicadamente.

                                      Primeiro pegou um livro de capa negra e letras douradas que estava coberto de cinzas, abriu-o e limpou a primeira folha. Nela dizia: “Com muito, muito orgulho para o meu objeto de estudo preferido. Beijocas” Beijocas? Ele questionou seu subconsciente. Quem escreveria isso em uma monografia. Que narcisismo…

                                      Em seguida pegou um quadro que estava com o vidro quebrado e despejou os cacos sobre a calçada. A foto havia sido danificada. Mas dava pra perceber que era ele e uma mulher abraçados em um banco de praça. Não era em Guerrilândia, porque ali não havia lugares bonitos como aquele, com árvores e praças. E também porque em Guerrilândia não se podia ficar tão descontraído. Era preciso estar atento ou sua casa poderia pegar fogo a qualquer momento.

                                      Oswaldo veio monitorar seu amigo mais uma vez. Margarete deu um pedaço bem grande de bolo para ele levar e voltou para sua casa, para sua vida.

                                      _ Jorge, vamos embora. Não tem mais nada aqui.

                                      _ Eu ainda tenho que pegar as outras coisas. Tem muita coisa debaixo do entulho.

                                      _ Já tá tarde, vamos.

                                      _ Não posso ir que vai chover.

                                      Alguns minutos depois de assistir os amigos discutindo Euclides veio ao encontro dos dois com uma lona preta nas mãos.

                                      _ Olha Jorge, eu acho que deve cobrir pelo menos parte do entulho. Assim você não perde tudo com a chuva, né. _ Euclides era mesmo um homem bom. E sabia quando deixar as pessoas devanearem com seus próprios demônios.

                                      _ Obrigado Euclides.

                                      As Ruínas de Jorge, Cap. 5

                                      A duração do tempo

                                      Quanto dura seu tempo?

                                      O meu não tem durado muito. Tem durado muito pouco. O tempo passa rápido, a gente pisca e já acabou. E quando a gente percebe já passou muito tempo.

                                      Eu levei nove meses para nascer. Pra minha mãe durou um pouco mais. Pra pra mim não durou nada, porque nem me lembro.

                                      Levei um ano para aprender a ler e escrever. Mas pra mim passou bem rapidinho, porque já sai escrevendo em todas as folhas brancas que encontrei pela frente. Nada que mereça ser publicado, claro.

                                      Para aprender as materias fundamentais da vida levei oito anos. Esses anos duraram mais do que parecia na época. Mas agora estão tão distantes que parece que durou pouco menos que isso.

                                      Masi cinco anos depois disso eu tinha uma profissão. Que começou durando pouco e terminou durando muito. A nossa noção do tempo muda conforme nos envolvemos nas atividades que nos cercam.

                                      Por isso fiz questão de gravar a minha percepção do tempo em folhas brancas. Com algumas das paginas pode ser que você se identifique, se for uma garotinha sonhadora. Com outras pode se intreter. Outras podem não fazer sentido ou mão ter significado. Mas todas mostram como o tempo é relativo, às vezes passa muito rápido, outras é extremamente demorado. E há aqueles momentos em que o tempo não importa.

                                      Perca-se no tempo, ou encontre-se na página de PUBLICAÇÕES AVULSAS. Eu já falei que 2015 é um ano de publicações. Pois então, será.

                                      Até mais...

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                                      O TEMPO:

                                      Esta é uma compilação de poesias que escrevi ao longo do tempo, por isso o nome "O TEMPO".
                                      Durante todo esse tempo tenho ido de um extremo ao outro para me reinventar.
                                      A reinvenção é algo demorado e doloroso, como o tempo. Dizem que o tempo pode curar feridas, mas acredito que feridas perduram e modificam nossa noção de tempo

                                      Seu próprio eu - As Ruínas de Jorge

                                      Euclides carregou quase metade do entulho até a caçamba e já estava todo ensopadode suor. Oswaldo havia carregado alguns blocos e tirado um pouco das cinzas com uma vassoura que a mulher de Euclides emprestou. Jorge ia retirando os entulho de cima de alguns objetos e ia vasculhando pra ver se encontrava algo inteiro.

                                      Os dois homens estavam cançados, mas Jorge não esboçava sinais de fadiga, apenas retirava blocos e tijolos e separava objetos na calçada. Euclides convidou-os para entrar, ele queria tomar um banho e Oswaldo já estava um pouco irritado com a teimosia do amigo.

                                      Quando enfim conseguiram convencer Jorge a entrar e tomar um copo d’água, Euclides foi direto para o chuveiro. Coitado. O homem trabalhara a noite inteira e ainda removeu todo aquele entulho.

                                      Enquanto isso a mulher de Euclides preparou um suco de laranja e serviu aos dois homens.

                                      _ Tomem um pouco de suco. Vocês estão desidratando com esse calor.

                                      _ Obrigado _ agradeceu Oswaldo. Mas Jorge pegou o copo sem olhar para a mulher. Apenas encheu a boca com o suco e continuo olhando para fora, onde estava o esqueleto de sua casa. _ Eu não sei o seu nome..

                                      _ É Margarete.

                                      _ Muito prazer Margarete. Sou Oswaldo, amigo de Jorge. Desculpa invadir sua casa assim, mas o Euclides insistiu.

                                      _ Imagina. Vocês precisavam mesmo descansar.

                                      _ O Jorge principalmente. Não dormiu bem e já venho cedinho pra cá.

                                      _ É muito triste tudo isso. A Thaís estava tão feliz com a casa nova. Ela me levou lá pra ver como tinha ficado. Um palácio. Você sabia que ela decorou a cozinha inteira com bordados e rendas que ela mesma fez?

                                      _ Eu não sabia. Não tive tempo ode vir visitá-los. Meu trabalho não me deixa sair muito.

                                      _ Você trabalha com o que?

                                      _ Eu sou eletricista companhia telefônica.

                                      _ Ah… Aqueles que ficam pendurados nos postes?

                                      _ É, esse mesmo.

                                      _ Você está se sentindo bem Jorge? _ Margarete estava preocupada com o silencio de Jorge (todos estavam). Não que ele fosse um homem falante, mas quando uma pessoa fica muito quieta depois de uma tragédia dessas é preocupante mesmo.

                                      Jorge não pronunciava palavra alguma. Em nenhum momento. ficava assim, olhando o horizonte. conversando consigo mesmo em pensamento. Só Deus sabe o que tanto ele dialoga com seu próprio eu.

                                      _ As Ruínas de Jorge, Cap. 4

                                      Vai chover - As Ruínas de Jorge

                                      Jorge não levou muito tempo para chegar em sua casa, ou o que havia sobrado dela.

                                      Ali havia um esqueleto de uma casa, apenas duas paredes permaneciam em pé, escoradas um na outra. O resto era só entulho, uma paçoca de memórias espalhadas em meio às cinzas.

                                      Seus livros, publicções e a sua coleção de discos estava tudo queimado e deformado. Ele começou a carregar os pedaços de tijolo e cimento que cobriam as coisas já sem forma definida.

                                      Do outro lado da rua, seu vizinho Euclides olhava a cena com pesar nos olhos. Eles não eram amigos, mas Euclides era um homem bom que ajudava as pessoas nem critério. O homem ainda estava com o uniforme da empresa em que trabalhava, uma metalurgica de grande porte, conversou com sua mulher Augusta que pegou sua carteira e levou para dentro enquanto Euclides caminhou pela lateral da casa e voltou com um carrinho de mão e uma pá.

                                      _ Oi Jorge _ jorge continuou a carregar os tijolos quebrados, então Euclides esendeu a mão e prosseguiu _ Meus pêsames.

                                      _ Meu cachorro não morreu não. Ele tá no veterinário, teve que fazer uma cirúgia porque o carro pasou por cima da patiha dele.

                                      _ Você tem cachorro? Eu não sabia… Quer que eu te ajude com isso?

                                      _ Eu preciso tirar essas coisas de cima primeiro, pra limpar essa bagunça.

                                      Euclides começou a carregar o carrinho com o entulho e despejou numa caçamba que estava na beira da rua. Dali alguns minutos Oswaldo chegou com sua pick up

                                      que estacionou atrás da caçamba. Ao descer do carro olhou para o amigo que parecia transtornado, cumprimentou Euclides e se aproximou de Jorge para ver como ele estava.

                                      _ Jorge você está sesentindo bem?

                                      _ Quero ver se ainda acho meus documentos. Alguma coisa deve ter sobrado, não?

                                      _ Acho que deve ter alguma coisa ai sim. Mas eu tenho certeza que podemos fazer isso depois.

                                      _ Depois? Você não viu no jornal que vai chover? Se não levarmos os documentos agora a chuva vai destruir tudo que restou. Eu preciso trabalhar rápido.

                                      _ As Ruínas de Jorge, Cap. 3

                                      Dó... - As Ruínas de Jorge

                                      Na manhã  seguinte, Oswaldo ouviu o bater da porta da frente e levantou-se num susto. Jorge já estava na rua, com seu agasalho listrado qque parecia um pijama. Juliana olhou por entre as cobertas, acompanhou com os olhos até que Oswaldo fechasse a porta atrás de si e voltou a dormir.

                                      Oswaldo ainda estava sem camisa só com os shorts do pijama, correndo no meio da rua atrás de Jorge. Os vizinhos olharam para ele com espanto e indignação.

                                      _ Jorge aonde você vai?

                                      _ Vou para a minha casa. Tenho que limpar aquela bagunça.

                                      _ Mas espera que vamos te ajudar. Você não precisa fazer isso sozinho. E nem agora. Vamo lá. você nem tomou café ainda.

                                      _ Eu não estou com fome.

                                      Jorge seguiu seu caminho em direção à sua casa. Foi caminhando pelo centro da cidade. Sua casa ficava do outro lado do centro, na periferia. Passou perto do apartamento de Jenifer e pensou em parar. Olhou para o alto e viu as janelas abertas de onde saía uma música alegre e animada. “Super feliz, como sempre” pensou ele enquanto seguia seu caminho.

                                      Ao chegar na rua de sua casa esbarrou em uma senhora que carregava várias sacolas de supermercado.

                                      _ Ai, desculpa moço. Eu estava distraída.

                                      _ A senhora precisa de ajuda?

                                      _ Ai eu preciso sim _ a mulher entregou algumas sacolas para ele _ Você viu que tragédia, a casa que queimaram aqui na rua. Pobre coitado de quem morava aqui. Dizem que não sobrou nada que se pudesse salvar.

                                      _ Na verdade sobrou a cadeira de jardim. Ficou chamuscada por causa do fogo, mas dá pra usar ainda.

                                      _ Você conhece as pesoas que moravam lá?

                                      _ A casa era minha mesmo. Vou lá ver se limpo aquela bagunça.

                                      _ Meu Deus, e o senhor está bem?

                                      _ Ah eu estou bem sim. Meu cachorro que ainda está no hospital veterinário, acho que vai ficar bem.

                                      _ Nossa que dó.

                                      _ As Ruínas de Jorge, Cap. 2

                                      Cinzas - As Ruínas de Jorge

                                      Não sei quanto tempo ele ficou lá parado, vendo a casa queimar. Ele tinha construido uma varanda para ficar com Eliza, comprou uma cadeira de balanço para quando ficassem mais velhos. Planejou ler diversos livros ali naquela varanda.

                                      Oswaldo o chamou duas vezes antes que ele se voltasse para ouvir o que ele falava.

                                      _ Não fique aí parado. Não temos o que fazer aqui. Vamos.

                                      _ Vamos para onde? A minha casa está aqui…

                                      _ Você vai dormir na minha casa hoje. Já falei com a Juliana, ela está fazendo o jantar.

                                      Oswaldo ainda teve que chama-lo mais duas vezes antes de irem embora. Seguiram pela avenida principal até o apartamento de Oswaldo. Ao entraem Juliana entregou uma toalha e uma muda de roupa para Jorge.

                                      _ Vá tomar um banho que o jantar está quase pronto.

                                      Enquanto tomava banho, só conseguia pensar em sua casa queimando. Seus sonhos virando cinzas.

                                      _ As Ruínas de Jorge, cap. 1

                                      As Ruinas de Jorge

                                      As férias acabaram e está na hora de trabalhar.

                                      Eu comecei o ano fazendo promessas e deixando as pessoa um pouquinho curiosas.

                                      Mas hoje vou divulgar para vocês um projeto paralelo para esse ano de 2015: As Ruínas de Jorge.

                                      As Ruínas de Jorge é uma série de crônicas que estou escrevendo especialmente para as redes sociais.

                                      Basicamente será um breve capitulo por semana. Para acompanhar esta história siga o link na página As Ruínas de Jorge ali em cima.

                                      Os capitulos de As Ruínas de Jorge estão pubicados no Meu tumblr e Facebook. Já são 10 capítulos e tem mais vindo por aí. Se quiser ler toda história até agora vá até a página As Ruínas de Jorge  ou dê um pulo no meu ebook no Widbook - Wattpad.

                                      Não esqueça de deixar seus comentários e sugestões para As Ruinas de Jorge.

                                      Até mais...

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                                      Sinopse de As Ruínas de Jorge

                                      Guerrilândia era uma cidade não muito grande, mas já havia sido afetada pelos problemas que assombram grandes centros urbanos. Jorge nunca imaginou que isso poderia acontecer com ele, um homem honesto e trabalhador. Ter sua casa incendiada por vândalos destruiu, literalmente, seus sonhos. Mas como a vida tem sempre que continuar, era preciso seguir em frente.

                                      FELIZ 2015: ESCRITO E PUBLICADO

                                      Estive trabalhando há muito tempo em um projeto paralelo, que acabou se tornando o meu principal.

                                      Que sou amante da escrita, isso todos sabem, mas eu decidi compartilhar as minhas histórias com outras pessoas.

                                      2015 será o ano do "ESCRITO E PUBLICADO".

                                      Já tenho bastante coisa que quero dividir com meus amigos e espero que gostem tanto quanto eu.

                                      Enquanto eu mexo o doce aqui dá um pulinho no meu Tumblr pra ver o que eu tenho feito no meio tempo.

                                      Visite os meus trabalhos antigos nas minhas páginas aí em cima

                                      - - -

                                      I've been working for some time in a side project, that turn out to be my main project.

                                      That I'm a writting lover everybody knows, but I decided to share my stories with other people.

                                      2015 will be the year of "Written and Published".

                                      I already have lots of things that I want to share with my friends and I hope you like it as much as I do.

                                      While I "move the sweet" here check my Tumblr to see the stuff I've done on my free time.

                                      Visit my old works on the pages up there.



                                      Até mais... See you...